O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou a estrutura da sua amostra nacional, composta por um total de 391 estabelecimentos industriais, com forte concentração em Luanda. De acordo com os dados disponibilizados, a capital alberga 178 unidades industriais, representando 45,52% da amostra total, o que espelha a centralidade económica e industrial da capital do país no contexto produtivo nacional.
Segue-se a província da Huíla, com 26 (6,65%) estabelecimentos industriais, consolidando-se como o segundo maior polo industrial no território. O Cuanza Sul, com 23 estabelecimentos, fecha o pódio. Em contrapartida, as províncias do Zaire, com 8 estabelecimentos industriais, Bié e Moxico, com 3 cada, são as regiões com menos estabelecimentos industriais.
A instituição responsável pela estatística nacional indica que o IPI registou, no mês de Maio do corrente ano, uma expansão de 7,61% face ao mês anterior, traduzindo-se numa aceleração de 8,85 pontos percentuais (p.p.) comparativamente à variação mensal de Abril.
Contudo, apesar do desempenho positivo em termos mensais, os dados homólogos indicam uma contracção de 1,59% do IPI, correspondendo a uma desaceleração de 7,70 (p.p.) face ao mesmo mês do ano anterior.
A análise desagregada por ramos de actividade permite perceber com maior nitidez a composição desta variação.
O maior impulso em Maio foi protagonizado pelo sector de Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Vapor, que assinalou um crescimento de 12,10%. Em contraste, o sector da Indústria Transformadora, tradicionalmente o mais representativo na estrutura do IPI, registou apenas um modesto incremento de 1%.
Índice de Produção Industrial (IPI) referente ao mês de Maio revelam um comportamento fortemente assimétrico entre os diferentes tipos de bens produzidos no país. Os Produtos de Energia destacaram-se como o principal motor do crescimento mensal do sector, ao registarem um aumento de 8,78%, resultado que está em consonância com o desempenho robusto do ramo de Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Vapor, que foi assinalado como o de maior dinamismo no mês em análise.
Em termos comparativos, os Bens Intermédios, fundamentais para a cadeia de valor da indústria transformadora, apresentaram uma variação de 1,44%. Já os Bens de Consumo, com uma evolução marginal de apenas 0,30%, e os Bens de Investimento, com 0,29%, se mantiveram praticamente estagnados.