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Azule Energy encaixa 84,5 milhões de dólares com a venda de acções em dois blocos petrolíferos

Antunes Zongo

23-05-2024 12:46

Antunes Zongo

23-05-2024 12:46

A compra das participações sociais da Azule, na Bacia do Baixo Congo, foi feita pela britânica Afentra, companhia que iniciou operações em Angola em 2023 e que tem alargado sua presença com a aquisição de diferentes acções no sector petrolífero

A Azule Energy acaba de encaixar pouco mais de 84,5 milhões de dólares, cerca de 71,6 mil milhões de kwanzas, de acordo com o câmbio actual do BNA, com a venda de sua participação de 12% no bloco 3/05 e de 16% no bloco 3/05A, localizados na Bacia do Baixo Congo.

Da referida operação financeira, autorizada pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), enquanto entidade reguladora do sector petroquímico, 48,5 milhões de dólares foram referentes à venda das duas participações, sendo que os restantes 36 milhões de dólares são relativos aos pagamentos condicionados e alinhados ao preço do petróleo, limites de produção e condições de desenvolvimento, como explica a empresa em nota enviada ao O Telegrama.

A compra das acções da Azule foi feita pela Afentra, uma multinacional britânica, que iniciou operações em Angola em 2023 e que tem procurado alargar sua influência e presença no país com a aquisição de diversas participações em blocos petrolíferos.

Em Outubro do ano passado, por exemplo, a companhia liderada por Paulo McDade adquiriu, igualmente, por 48,5 milhões de dólares, 12% das acções da italiana ENI, nos mesmos blocos do Baixo Congo, além de ter comprado também um total de 4% da participação da croata INA, nos blocos já referenciados.

De referir que a Azule Energy é uma joint venture independente, cuja concepção resultou da fusão de negócios da BP e da ENI em Angola. A empresa detém participações em 20 licenças em Angola (das quais 10 são blocos em fase de exploração), uma participação na Angola LNG e é a operadora do Novo Consórcio de Gás.

A Azule Energy é, ainda, a maior produtora independente de petróleo e gás de Angola e detém reservas estimadas em 2 mil milhões de barris de óleo equivalente de recursos líquidos e prevê aumentar a produção líquida de 220.000 para cerca de 250.000 barris de óleo equivalente por dia (boe/d) nos próximos 4 anos.

A empresa detém, também, 50% das acções da Solenova, uma empresa solar detida em conjunto com a Sonangol, e uma colaboração com a Refinaria de Luanda.

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