O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPT) prevê para até ao final deste ano a entrada em funcionamento da Bolsa de Diamantes de Angola, cuja inauguração inicial estava prevista para 2022.
A perspectiva do departamento ministerial responsável pela execução e controlo das actividades geológicas e minerais, de petróleo, gás e biocombustíveis foi tornada pública na manhã desta sexta-feira, 30, pelo secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Víctor.
O governante, que falava durante a conferência de imprensa do lançamento da II edição do Angola Internacional Diamond Conference (AIDC) 2024, aprazada para 23 e 24 de Outubro, em Luanda e Saurimo, justificou a necessidade premente de Angola conceber sua própria Bolsa de Diamantes, não só pela busca de maior transparência na comercialização, como, também, visando poder comercializar suas próprias pedras preciosas sem sair do País.
Actualmente, os diamantes angolanos são comercializados em geografias como Dubai, Israel e/ou Antuérpia. Enquanto a bolsa angolana não arranca, a Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (SODIAM) tem sido responsável pela compra de todos os diamantes produzidos de forma semi-industrial e artesanal e de mais de 50% dos diamantes produzidos no circuito industrial e comercializá-los no exterior.
Conferência de diamante
O MIREMPT faz um balanço positivo da I edição da Angola Internacional Diamond Conference e alimenta a certeza de que a II edição aprazada para Outubro próximo venha a ter resultado semelhante ou melhor que a passada.
Para o evento deste ano, foi mobilizada uma centena e meia de participantes, e contará com o financiamento da SODIAM e da ENDIAMA. O secretario de Estado não revelou os valores envolvidos para a realização da conferência, apesar da insistência dos jornalistas.