Empresas & Negócios

Contas duvidosas no BPC, BDA, BIOCOM, ENSA e ENDE

Adnardo Barros

14 Setembro, 2024 - 13:18

Adnardo Barros

14 Setembro, 2024 - 13:18

O Banco de Poupança e Crédito, Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), a BIOCOM, a seguradora ENSA e a empresa de electricidade ENDE fazem parte das mais de três dezenas de empresas do sector empresarial público que tiveram as contas do ano transacto aprovadas com reservas. Os auditores levantaram dúvidas quanto aos dados apresentados e a falta de conciliação com as demonstrações financeiras

O relatório e contas das empresas públicas, publicado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), dá conta que apenas 24 das 70 empresas que apresentaram resultados têm as contas auditadas e aprovadas sem reservas.

Com as contas aprovadas sem reservas estão a Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (BODIVA), a Unitel, a Recredit, a Empresa Nacional de Administração Pública (ENAPP), a Pescangola, EDIPESCA, Imprensa Nacional, SIMPORTEX, SDZEE, e a Sociedade de Desenvolvimento da Barra do Dande (SDBD).

Têm ainda as contas em dia as empresas de águas e saneamento do Bié, Huambo, Cabinda, Cuando Cubango, Lundas-Norte e Sul e a Elisal. Já no lado dos transportes e armazéns constam a TAAG, Sécil Marítima, Caminho-de-Ferro de Benguela e as empresas portuárias de Luanda, Lobito, Soyo e Amboim.

O número é superior se olharmos para as empresas com as contas aprovadas com reservas, num total de 38 empresas os auditores mostraram dúvidas as contas apresentadas pelo Banco de Poupança e Crédito, Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), a BIOCOM, a ENSA e a ENDE. Entretanto, sem mencionar as entidades, o relatório aponta para 8 empresas cujas contas não foram aprovadas.

Estado recebe apenas 16% dos dividendos propostos

Em 2023, o Estado encaixou em dividendos apenas AOA 6,5 mil milhões (US$ 7,8 milhões), com o Sector Empresarial Público. Este valor corresponde a 16% dos AOA 40,7 mil milhões (US$ 49 milhões) propostos pelo governo.

No que concerne à capitalização, a TAAG lidera destacadamente a lista das empresas mais capitalizadas em 2023, com um valor de AOA 121,4 mil milhões, equivalente a US$ 146 milhões, enquanto a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade -ENDE- se posicionou na segunda posição, com AOA 29,2 mil milhões (US$ 35 milhões). Já a fatia de distribuição de subsídios recaem para as empresas de comunicação social pública: a Televisão Pública de Angola encaixou AOA 10,7 mil milhões (US$ 84 milhões), a RNA com AOA 8,8 mil milhões (US$ 9,6 milhões) e as Edições Novembro (que inclui o Jornal de Angola) recebeu 6,4 mil milhões (US$ 7,7 milhões).

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