O FAS prepara-se para fazer a avaliação de como as famílias geriram as verbas recebidas no ano passado, num momento em que deu início à nova fase das transferências com aumento do valor que passou de 8.500 para 11 mil Kwanzas.
Dos 1.071.395 registados, o programa do Governo angolano que visa criar políticas de apoio às famílias mais pobres e em situação de vulnerabilidade, já beneficiou 9.925.325 agregados.
“Em termos de balanço, não temos dados concisos. Isso teremos quando realizarmos a avaliação de impactos nos próximos tempos, assim poderemos estar munidos de informações concretas daquilo que tem sido o aproveitamento das famílias e o impacto local ao nível das transferências monetárias”, disse a diretora provincial do FAS em Benguela, Jasmine Ndatimana.
Nesta nova etapa, os beneficiários residentes nas províncias de Benguela, Cuanza Sul, Namibe e Cunene, receberam cada 66 mil Kwanzas, equivalente a seis meses.
Os beneficiários prometem investir os valores na compra de suínos, caprinos e galinhas, bem como na aquisição de fertilizantes para a massificação da agricultura nas suas regiões.
Antes da distribuição dos valores, os Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (ADECOS) ensinam os responsáveis dos agregados familiares a aplicar o dinheiro em projectos que visam gerar renda. O aconselhamento também é feito minutos depois da pessoa beneficiada receber os valores do Kwenda.
Convencer as famílias que o dinheiro do Kwenda deve ser aplicado em projectos que geram lucros, é uma das difíceis missões de João Manuel, que integra a equipa de ADECOS.
“O nosso trabalho aqui nas comunidades é mostrar aos beneficiários como devem usar as verbas que vem do apoio do Governo. Dos 66 mil kwanzas, os beneficiários devem descontar um valor para investir no negócio de animais como porco ou cabrito”.
Presente em 61 municípios do País, este programa, chancelado pelo Banco Mundial e Governo de Angola, foi criado com o objectivo de reforçar a capacidade do sector de protecção social, devendo implementar medidas de mitigação da pobreza, de curto e médio prazo. Avaliado em 420 milhões USD, além das transferências sociais, o Kuwenda tem ainda as componentes da Inclusão Produtiva, Municipalização da Acção Social através da criação dos Centros de Acção Social Integrados (CASI) e o Fortalecimento do Cadastro Social Único.