Arrancou, hoje, 24 de Setembro, a venda de 30% das participações sociais da ENSA – Seguros de Angola, detidas pelo Estado. A seguradora é, assim, a terceira empresa a dispersar o capital em bolsa depois do Banco Angolano de Investimentos (BAI) e do Banco Caixa Geral Angola (BCGA) em 2022.
Durante os últimos anos, apesar de ser considerada ainda tímida, o mercado de capitais angolano vem-se destacando não só com novas tipologias de valores mobiliários, mas também com o surgimento de novos play makers, ou seja, os novos intermediários financeiros.
Este segmento dos mercados financeiros permite as empresas terem acesso a recursos financeiros através da emissão de instrumentos como acções, obrigações corporativas e títulos de participação.
A ENSA é, assim, a primeira empresa do Sector Empresarial Público que põe à disposição dos investidores a venda de parte do seu capital no mercado de acções.
Para adquirir uma acção, o primeiro passo é seleccionar um agente de intermediação financeira (correctora ou distribuidora), inscrito na Comissão do Mercado de Capitais (CMC). Para o processo em concreto, o da compra das acções da seguradora ENSA, estão elegíveis à intermediação da compra e venda três sociedades distribuidoras de valores mobiliários: AUREA, BFA Markets e Standard Invest.
Com a escolha do intermediário, o investidor deve assegurar a abertura de uma conta custódia, onde estarão registados os títulos e/ou instrumentos financeiros do investidor. Este, por sua vez, deve informar-se sobre os custos e comissões associados, exigindo toda a informação necessária e com impacto na rentabilidade do investimento.
Para as acções da ENSA, a intermediação tem comissão de 0,25%, adicionado o imposto sobre o valor (IVA) de 14%. O processo de subscrição em bolsa tem uma taxa de 0,20% e IVA de 14%.
Após este processo, o investidor deve ordenar a compra ou venda dos valores mobiliários disponíveis no mercado, através do seu agente de intermediação