O Produto Interno Bruto (PIB) real dos EUA aumentou para uma taxa anual de 3% no segundo trimestre de 2024, conforme a “terceira” estimativa divulgada pelo Bureau of Economic Analysis (BEA), instituição responsável pela publicação dos dados estatísticos de Washington.
Esse resultado representa um desempenho significativamente superior ao do primeiro trimestre do ano em curso, quando o PIB real registou um crescimento de 1,6%, após revisão.
Segundo o BEA, o aumento no segundo trimestre reflectiu, principalmente, aos aumentos nos gastos do consumidor, investimento em estoque e investimento empresarial. As importações, que são uma subtracção no cálculo do PIB, aumentaram.
A estimativa do PIB norte-americano divulgado ontem, 26 de Setembro, baseia-se em dados mais completos e refinados do que aqueles que foram utilizados na “segunda” estimativa divulgada em Agosto. Apesar dessa actualização metodológica, o aumento do PIB real manteve-se em 3%, como previamente reportado.
Uma das principais actualizações positivas refere-se ao aumento do investimento em estoque privado, os gastos do governo federal também foram revistos para cima. Por outro lado, as revisões positivas foram parcialmente compensadas por revisões para baixo no investimento fixo não residencial e nas exportações.
Importações sobem para 7,6%
O investimento fixo não residencial, que inclui despesas empresariais em edifícios, fábricas e equipamentos, cresceu 3,9%, uma desaceleração de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior. As exportações aumentaram apenas 1%, o que representa uma redução de 0,9 (p.p.) em comparação com o crescimento do primeiro trimestre (1,9%).
Outro dado relevante foi a revisão para cima das importações que se fixaram 7,6%, representando um aumento de 1,5 (p.p) em relação ao primeiro trimestre. Embora isso indique um aumento na demanda por produtos estrangeiros, o que pode ser interpretado como sinal de uma economia doméstica aquecida, as importações são subtraídas no cálculo do PIB. Assim, uma alta nas importações actua como um factor de redução do crescimento do PIB, sugerindo que parte da demanda gerada internamente foi suprida por bens e serviços estrangeiros, em vez de produção doméstica.
Os dados indicam que, no segundo trimestre, os sectores privados de produção de bens aumentaram 6,9% (1,7% a uma taxa trimestral), os sectores privados de produção de serviços privados aumentaram 2,4 por cento (0,6 por cento a uma taxa trimestral), e o governo aumentou 0,8 por cento (0,2 por cento a uma taxa trimestral).