Do total de 22 seguradoras que reportaram as informações à ARSEG, a ENSA, única seguradora com capitais público e privado do país, apresentou o maior número de insatisfação, tendo somado 92 reclamações, o que representa um aumento de 31,4% em comparação ao período homólogo, quando registou 70 reclamações.
A NOSSA Seguros, que agravou para 53,8% a insatisfação dos seus clientes, ao registar 60 reclamações, ocupa a segunda posição. A fechar o pódio das seguradoras com o maior número de relações, surge a GLOBAL Seguros, que viu as reclamações de seus clientes mais do que duplicarem, equivalente a um aumento de 80%, atingindo, assim, no primeiro semestre deste ano um total de 45 reclamações.
A ENSA, Nossa e a Global foram também as que emitiram o maior número de apólices, somando em conjunto 506 806 apólices e representando 73,37% do total de apólices emitidas pelo mercado, fixada em 690 778 apólices.
Entretanto, embora estas seguradoras tenham sido as que registaram maior número de reclamações, o relatório do regulador indica que os piores em desempenho, segundo o Índice de Reclamações (IR100), foram as seguradoras Confiança, que, ao registar 22 reclamações em apenas 156 apólices, teve um IR100 de 14,10%, ou seja, em cada 100 apólices emitidas, 14 sofreram reclamações, que, de acordo com a interpretação do índice, se considera um valor muito alto.
Com apenas uma reclamação e 65 apólices, a Super Seguros ocupa o segundo lugar das seguradoras com maior insatisfação dos clientes, obtendo o IR100 de 1,54. A Protteja Seguros fecha o pódio com o IR100 a situar-se em 1,03.
Em sentido oposto, a Aliança, a Prefira Seguros e a UniSaúde Seguros não reportaram registos de reclamações no período em análise.
Resolução das reclamações
Das reclamações apresentadas no período em análise, foram tratados e encerrados 267 processos que corresponde 75% do total das reclamações recebidas.
A BIC Seguros, Tranquilidade, SOL Seguros, Super Seguros, Liberty & Trevo Seguros e a Viva Seguros, trataram e encerraram 100% dos seus processos de reclamações registados.
Já o grupo de seguradoras compostas pela Nossa, Fidelidade, ENSA, Mundial Seguros, Proteja, Global, Sanlam Alianz e Fortaleza trataram e encerraram mais de 70% das reclamações recebidas.
O preferencial para apresentação das reclamações continua a ser por via de carta, representando, aproximadamente, 64% do total recepcionado, seguida pelo canal de e-mail com uma representatividade de 24%, enquanto o livro de reclamações representa apenas 1%.
Ao abrigo das diferentes reclamantes, a categoria de terceiros lesados foi a que mais solicitou a intervenção do regulador, representando 63% das solicitações apresentadas.
Os motivos das reclamações mediadas pela ARSEG passam, essencialmente, por morosidade na regularização do sinistro e comunicação deficitária com um total de 56 casos, recusa de responsabilidade sobre o sinistro (5 casos), incumprimento contratual no âmbito do contrato de resseguros (2 casos), morosidade no reembolso de despesas realizadas e comunicação deficitária (2 casos), recusa de reembolso das contribuições (2 casos) e os demais com 1 caso, respectivamente.