Agência de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) revelou que, no exercício económico passado, os ramos com maior sinistralidade foram os acidentes e doenças, que representaram o maior peso das seguradoras na ordem de 55%, ou seja, AOA 88 mil milhões (US$106 milhões) do total das indemnizações pagas.
O ramo da petroquímica teve um peso de 17%, pouco mais de AOA 29 mil milhões (US$ 35milhões). Os prémios brutos emitidos cifraram em AOA 379 mil milhões (US$ 480 milhões), um crescimento de 21% face a 2022, cujos prémios geridos foram de AOA 312 mil milhões (US$ 621 milhões). Já os custos com sinistros fixou em AOA 161 mil milhões (US$ 194 milhões), o que calculado dá um rácio de sinistralidade das seguradoras de 43%.
Em termos práticos, a taxa de sinistralidade corresponde à relação entre os custos e as receitas de uma seguradora. Em outras palavras, “43% das receitas arrecadadas pelas seguradoras no exercício económico do ano findo foi devolvido em formato de indemnização”, afirmou o director do Gabinete de Estudos e Planeamento, César Marcolino.
No nível das vendas, o ramo doenças e acidentes foi o que maior peso teve sobre as receitas das seguradoras na ordem dos 40% do total para AOA 155 mil milhões (US$ 187 milhões). De acordo com César Marcolino, o ramo saúde contribuiu com cerca de 33% dos prémios brutos obtidos, seguido pelo ramo da petroquímica que esteve muito associado ao processo de desvalorização do Kwanza.
Fundo de pensões atingiu os US$ 1,2 mil milhões
O valor dos fundos geridos (fundos abertos e fechados) cresceu 28% em 2023 para 1,1 AOA biliões (US$ 1,2 mil milhões) face aos AOA 835 mil milhões (US$1,6 milhões) obtidos em 2022. O relatório do mercado espelha, ainda, que a ENSA é a maior gestora com cerca de 47% sobre o montante.