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Tecnológica TIS alerta para o aumento de ataques de phishing ‎

José Praia

9 Dezembro, 2025 - 11:42

José Praia

9 Dezembro, 2025 - 11:42

A consultora tecnológica e de negócios alertou para o aumento da sofisticação dos ataques de phishing, um método de fraude que recorre a e-mails falsos, criados para imitar comunicações legítimas de empresas, bancos ou entidades públicas. Só este ano foram desmanteladas 11 432 infra-estruturas maliciosas em África, resultando em mais de 1 200 criminosos cibernéticos

O comunicado da consultora, que actua no sector de actividades dos serviços de tecnologia de informação, salienta que a intensificação deste tipo de ataque tem sido confirmada por entidades internacionais, como Atlas do Cibercrime no relatório de impacto 2025 (em inglês, Cybercrime Atlas Impact Report 2025), em parceria com o cibercrime do Fórum Económico Mundial, alertando que a cooperação internacional e o aumento das operações conjuntas revelam o impacto crescente das redes criminosas em ambiente digital.

‎O Chief Information Security Officer (CISO) da TIS, Denny Roger, afirma que “os atacantes deixaram de disparar e-mails genéricos e passaram a operar quase como equipas comerciais: segmentam alvos, estudam processos, exploram momentos de stress e usam linguagem muito próxima da realidade das empresas”. Para Denny Roger, a defesa já não pode depender só da tecnologia, começa no comportamento diário de cada colaborador e na forma como a organização governa o risco digital.

‎Os dados indicam que a escala e a organização destes esquemas no continente africano, a Operação Serengeti, uma operação de grande escala coordenada pela Interpol, entre Junho e Agosto de 2025, resultou na prisão de 1 209 criminosos cibernéticos em África, no desmantelamento de 11 432 infra-estruturas maliciosas, cerca de 88 000 vítimas protegidas e US$ 97,4 milhões foram recuperados.

‎“Os ataques já não seguem padrões elementares. As mensagens fraudulentas reproduzem formatos de comunicação corporativa, simulam contactos internos e utilizam linguagem que gera pressão imediata”, lê-se num informe da entidade, que alerta que “este tipo de abordagem afecta sectores onde a interrupção operacional tem impacto directo, como banca, seguros, administração pública e indústria extractiva”.

‎Recomendações para mitigar os riscos de ataques cibernéticos

‎Para mitigar estes riscos, a TIS recomenda que as organizações reforcem práticas que ajudem a reduzir erros humanos, fortaleçam a vigilância interna e aumentem a capacidade de resposta a tentativas de fraude, como por exemplo, “estruturar um programa de governação de cibersegurança”, alinhado a normas como a ISO/IEC 27001 e o NIST CSF, com políticas claras, responsáveis definidos e patrocínio directo da gestão de topo.

‎Em segundo, “avaliar o modelo de operações de segurança (SOC)”, interno, partilhado ou gerido, garantindo monitorização contínua, critérios objectivos de classificação de incidentes e capacidade real de resposta 24×7.

‎Em terceiro, deve-se “Investir na certificação e capacitação das equipas”, combinando formação técnica (resposta a incidentes, privacidade, gestão de identidades) com treino prático em simulações de phishing, vazamento de dados e ransomware. Seguidos por “Reforçar a protecção de dados pessoais e sensíveis”, adoptando controlos de privacidade alinhados com a ISO/IEC 27701:2025 e com as exigências regulatórias dos seus sectores de actividade.

‎Por último, a TIS recomenda a implementação de processos regulares de avaliação de risco, realizando testes de intrusão e auditorias técnicas, para identificar vulnerabilidades críticas antes de serem exploradas por atacantes, bem como estabelecer planos de resposta e de continuidade de negócio, testados periodicamente, que envolvam não só TI e segurança, mas também finanças, operações, jurídico e comunicação.

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