A fundadora da BayQi pôs em prática o que os grandes génios da humanidade souberam fazer leitura. Thomas Edison, inventor da lâmpada, ensinou a todos o seguinte: “Génio é 1% inspiração e 99% transpiração”. Esta ideia aplica-se em muitos aspectos da vida. Criar e implementar uma ideia originária e desconhecida da sociedade dá muito trabalho, mas Fátima viu nisso, em 2016, uma oportunidade para conectar o país, conectar Angola com o mundo, através da digitalização de pagamentos de serviços financeiros.

Quando Fátima decidiu apostar neste segmento de comércio tecnológico, o uso da Internet em Angola ainda era consideravelmente baixo. No entanto, os dados internacionais indicavam que, nos dez anos seguintes, os negócios tecnológicos iam ser uma nova “mina de ouro” no continente africano. E a BayQi é hoje a única plataforma de pagamentos e comércio electrónico que conecta a África de expressão oficial portuguesa.

A sua genialidade lembra Alda Lovelace, mulher e ícone da computação, a britânica que no século XIX desenhou o primeiro algoritmo usado por uma máquina analítica, uma calculadora.

A “menina BayQi” conta como tudo começou. “Eu, quando andava na faculdade, tive de fazer o meu trabalho final, sobre o mercado de capitais, o ‘stock market’. E ali tive de ler um livro, vários livros na verdade, mas num deles percebi uma coisa: ninguém nasce rico. Todos nós nascemos pobres e morremos pobres. Mas tens a capacidade de te tornares milionário, bilionário e seja lá o que tu quiseres. É a tua capacidade, a tua resiliência, o teu acreditar que te põe onde tu queres”.