Mo Ibrahim, multimilionário e reconhecido filantropo de origem sudanesa e britânica, que criou, em 2007, um dos mais prestigiados galardões para a boa governação em África, era, até a bem pouco tempo, o convidado especial da celebração dos 30 anos do Grupo Carrinho, marcado para cinco dias, de 4 a 9 de Setembro, tal como noticiou O Telegrama no dia 11 deste mês, onde dissertaria sobre a ‘Transformação Social e Governance’, conforme programa divulgado pelo grupo empresarial com sede na província costeira de Benguela.
Na data indicada, está em agenda que o conglomerado fundado por Leonor Carrinho vai reunir, em Benguela, vozes do continente africano para discutir e reflectir questões do sector produtivo. Num evento que conta com a parceria do Centro de Estudos e Investigação Cientifica (CEIC) da Universidade Católica de Angola e da consultora Deloitte, para além do agora desistente Mo Ibrahim, aguarda-se a presença do nigeriano Akinwumi Adesina, presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). Adesina vai falar sobre ‘Financiamento ao Desenvolvimento da Agricultura em África”.
Durante o evento, de acordo com o programa do Grupo Carrinho, serão apresentados os resultados de um estudo do CEIC e da Deloitte sobre a ‘Visão Angola 2030’, voltado ao “impacto do fomento da agricultura na vida do produtor e na autossuficiência alimentar do país nos próximos sete anos.”
A Carrinho irá, também, assinar acordos de parcerias de estágios no sector agrário com universidades das províncias de Benguela, Bié, Huambo, Huíla, Malanje e Cuanza-Sul. Estão também previstos a assinatura de outros acordos com a Wageningem University & Research, dos Países Baixos e a Stellenbosh University, da África do Sul.