Finanças & Wall Street

Horta-Osório: Peso pesado da banca ressurge em cargo sénior

Nelson Francisco Sul

6 Novembro, 2025 - 11:05

Nelson Francisco Sul

6 Novembro, 2025 - 11:05

António Horta-Osório, ex-chefe do britânico Lloyds Banking Group, com passagem no Credit Suisse, retorna ao sector bancário após ter observado 4 anos de período sabático. Vai assumir a vice-presidência do francês Crédit Commercial, fundado em 1917

‎É, inevitavelmente, o banqueiro mais renomado de um país falante da língua portuguesa. Horta-Osório, que assumiu, pela primeira vez, o cargo de CEO de um banco quando contava com 29 anos de idade, o Banco Santander de Negócios Portugal, volta à ribalta quatro anos depois de ter renunciado a presidência do Credit Suisse no início de 2022.

‎De acordo com o The Banker, após o período sabático, o ex-chefe do britânico Lloyds Banking Group, retorna ao mercado para estar na primeira linha do banco Crédit Commercial de France (CCF).

‎O Crédit Commercial de France é uma subsidiária do My Money Group, propriedade da empresa de investimentos Cerberus, que concluiu a aquisição do banco de varejo francês do HSBC no início de 2024. Horta-Osório foi consultor sênior da Cerberus nos últimos três anos.

‎Nascido a 28 de Janeiro de 1964, a carreira do gestor português começa no Citibank, então com 23 anos, passando pelo gigante Goldman Sachs, e pela gestão do Banco Santander de Negócios Portugal e do Santander Brasil. Mas o ponto mais alto foi ter ressuscitado o Lloyds Bank, um banco que estava moribundo.

‎Foi em 2010 que assume a presidência do Lloyds, a convite do Estado inglês, que o avisou que não colocaria nem mais uma libra no banco, como o próprio chegou a revelar. “Havia um problema financeiro muito sério, ao mesmo tempo que tinha um nível de capital tão baixo”.

‎Ao fim de 10 anos, Horta-Osório mudou a sorte da entidade bancária britânica, resgatando-o da falência com sucesso e colocando-o em uma base sustentável. Mas a pressão do trabalho afectou o executivo sênior, que chegou a ser dispensado um ano depois de iniciar funções, em 2011, afectado com o síndrome de burnout (doente de exaustão).

‎Em Abril de 2021, António Horta Osório deixa o banco britânico. Mas, antes da saída, o seu futuro já havia sido desenhado: em Dezembro de 2020, o Credit Suisse anunciou que António Horta-Osório iria suceder a Urs Rohner como presidente do banco. Tornou-se, assim, no primeiro presidente do Credit Suisse sem nacionalidade suíça.

‎Entretanto, ao fim de um ano, no início de 2022, Horta-Osório deixou o extinto banco suíço por quebra das regras de quarentena da Covid.

‎”Lamento que várias das minhas acções pessoais tenham levado a dificuldades para o banco e comprometido minha capacidade de representar o banco interna e externamente”, disse o alto executivo em um comunicado na época.

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