Os doze meses de 2024 foram “tempo de “vacas gordas” para o segundo maior banco não sistémico do País, liderado pela banqueira Lígia Maria Pires Gomes Pinto Madaleno, que registou o maior resultado em 15 anos de operações no mercado financeiro.
Os dados espelhados no balancete da entidade bancária foram calculados em AOA 23,2 mil milhões de Kwanzas, equivalente a 25,5 milhões de dólares norte-americanos, ao câmbio do dia 31 de Dezembro praticado pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
Trata-se de 32,4% acima, se comparado com os resultados obtidos em 2023, em que se situaram em AOA 17,6 mil milhões (US$ 21,2 milhões).
De acordo com o documento contábil, o activo do banco cresceu 4% para AOA 265,3 mil milhões (US$ 290 milhões) ante os AOA 256 mil milhões (US$ 309 milhões) contabilizados no período homólogo.
O rácio de transformação, que é um indicador financeiro utilizado para medir a eficiência de um banco, na transformação de depósitos e outros recursos captados em empréstimos, fixou-se ao mesmo nível do exercício económico passado (25%).
Os recursos de clientes e outros empréstimos, rubrica de maior peso do passivo, registou uma queda de 4% para AOA 191 mil milhões (US$ US$ 209 milhões) contra AOA 200 mil milhões (US$ US$ 241 milhões) no igual período homólogo. A queda verificou-se também na concessão de crédito, saindo de AOA 50,7 mil milhões (US$ 61,3 milhões) para 48,1 mil milhões (US$ 52,7 milhões), representando um recuo de 5,1%.
Entretanto, no período em análise, os accionistas investiram menos no banco, tendo, segundo os cálculos do balancete, os fundos próprios reduzidos 18%, ou seja, saíram de AOA 48,8 mil milhões (US$ 44 milhões) de 2023 para AOA 40,15 mil milhões (US$ 44 milhões) em 2024.
No final do exercício de 2024, foi também registada uma ligeira retaguarda de 2% na rubrica do passivo, que contempla todas as despesas, dívidas e obrigações financeiras da empresa: o banco reportou AOA 201,9 mil milhões (US$ 221 milhões), quando, em 2023, somou AOA 207,1 mil milhões (US$ 249 milhões).