Finanças & Wall Street

BCA triplica lucro no segundo trimestre para US$ 5,2 milhões

José Praia

28 Julho, 2024 - 15:36

José Praia

28 Julho, 2024 - 15:36

Na Avenida 4 de Fevereiro, Edifício Kilamba, em Luanda, o Banco Comercial Angolano escreveu um lucro de US$ 5,2 milhões no II trimestre de 2024. Trata-se, em termos homólogos, do maior desempenho em quatro anos, desde a catástrofe provocada pela pandemia da Covid-19, no início de 2020, que causou a maior crise económica global em mais de um século

No BCA, Banco Comercial Angolano, a equipa de Mateus Filipe Martins viu o lucro antes de imposto registar um aumento de 127%, saindo de 1,9 mil milhões de kwanzas (US$ 2,3 milhões), valor registado no segundo trimestre de 2023, para 4,3 mil milhões Kz (US$ 5,2 milhões) no segundo trimestre de 2024.

Se comparado com os primeiros três meses do ano em curso, o BCA escreveu um aumento de 97%, uma vez que as demonstrações financeiras do período em referência se fixaram em 2,1 mil milhões Kz (US$ 2,6 milhões).

Em termos homólogos, este desempenho representou o maior lucro em quatro anos, desde a catástrofe provocada pela pandemia da Covid-19, no início de 2020, que causou a maior crise económica global em mais de um século.

O índice de avaliação da saúde financeira do BCA aponta um residual retrocesso no valor do seu activo, que decaiu 0,5% para 136,7 mil milhões Kz (US$ 160,1 milhões) no II trimestre deste ano, quando comparado com o activo do I trimestre, que tinha registado 137,5 mil milhões Kz (US$ 165, 1 milhões), ao câmbio da última venda de Junho do Banco Nacional de Angola (BNA).

A rubrica com a designação “Caixa e Disponibilidades” levantou 4,4%, somando 25,7 mil milhões Kz (US$ 30,9 milhões), no II trimestre em comparação a 24,7 mil milhões Kz (US$ 29,6 milhões) do I trimestre.

INVESTIMENTOS

A aplicação em Bancos Centrais e em outras instituições de crédito, como forma de prevenção de uma eventual crise de liquidez, levou a equipa de Mateus Martins a investir 21,9 mil milhões Kz (25,8 milhões de USD) no II trimestre, um crescimento de 25,6%, comparativamente ao valor aplicado nos primeiros três meses do ano, na ordem de 17,5 mil milhões Kz (US$ 21 milhões).

O banco concedeu créditos a clientes num montante de 15,9 mil milhões Kz (US$ 19,2 milhões), representando 62% dos depósitos em “Caixa e Disponibilidades”, e um diferencial positivo de 3,8 mil milhões Kz (4,5 milhões de USD) em relação ao primeiro trimestre.

Os fundos próprios, que é a capacidade financeira dos donos em manter o negócio, reduziu 6,1%, saindo de 42,7 mil milhões Kz (US$ 51,2 milhões) no primeiro trimestre, para 40,1 mil milhões Kz (US$ 48,2 milhões) e representa 31% dos activos do Banco.

O BCA, que em 2023 ficou na sexta posição de banco mais lucrativo entre os não sistémicos, é detido por 29 accionistas, sendo que Salomão Luheto Xirimbimbi e Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse” detém a maior participação, acumulando as acções individuais com as que detém através de uma sociedade comercial, a Sadino, Lda.

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