Finanças & Wall Street

BCS somou AOA 23 mil milhões, o maior lucro desde a sua fundação

Adnardo Barros

7 Fevereiro, 2025 - 14:51

Adnardo Barros

7 Fevereiro, 2025 - 14:51

Considerando o lucro líquido do banco, que é uma métrica usada pelo mercado para entender melhor a “saúde” operacional das instituições financeiras, incluindo as rubricas do activo, o resultado reportado no quarto trimestre pela equipa de Rafael Kapose sobe para 25 milhões de dólares norte-americanos. O número representa uma alta de 360% em comparação a 2023 (US$ 6 milhões)

O Banco de Crédito do Sul (BCS) anunciou um resultado líquido, ainda não revisado pelo auditor externo, de 23 mil milhões de kwanzas (AOA), cerca de 25 milhões de dólares norte-americanos (US$), representando uma alta de 360% em relação ao ano de 2023, cujo ganho foi de AOA 5 mil milhões (US$ 6 milhões).

A instituição fundada pela família Kapose, controlando 97% do capital social, alcançou o maior lucro desde o início da actividade em Outubro de 2015. Da leitura espelhada na demonstração financeira, os lucros deveram-se ao forte crescimento das receitas em quase todos os negócios.

Os investimentos feitos em activo financeiro da rubrica “títulos e valores mobiliários” cresceram exponencialmente para 166%, somando AOA 188 mil milhões (US$ 206 milhões). A rubrica crédito no sistema de pagamentos, que se refere à disponibilização de fundos para permitir que os clientes realizem transações mesmo quando não possuem saldo suficiente em suas contas, teve uma alta de 75%, saindo de AOA 885 milhões (US$ 970,8 mil) para AOA 1,5 mil milhões (US$ 1,7 milhões).

O banco de importância não sistêmica concedeu mais empréstimos em relação a 2023. O crédito a clientes cresceu 7% contabilizando AOA 86 mil milhões (US$ 94 milhões) ante os 80,7 mil milhões (US$ 97 milhões) do período homólogo.

Já os recursos de clientes que englobam os depósitos nas duas modalidades, à ordem e a prazo, e outros empréstimos cresceram 15% para AOA 249 mil milhões (US$ 273 milhões).

Considerando o lucro líquido do banco, que é uma métrica usada pelo mercado para entender melhor a realidade operacional das instituições financeiras, incluindo as rubricas do activo, o desempenho positivo observado no quarto trimestre pela equipa de Rafael Kapose engordou a riqueza da entidade financeira em 44%, saindo de AOA 276 mil milhões (US$ 333 milhões) em 2023 para AOA 400 mil milhões (US$ 438 milhões) no final do exercício económico de 2024.

Os fundos próprios registaram um desempenho negativo, tendo observado menos AOA 1,2 mil milhões (US$ 1,4 milhões), ou seja, saiu de 49,1 mil milhões (US$ 59,3 milhões) para AOA 47 mil milhões (US$ 52 milhões).

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Adnardo Barros

EDITOR DE FINANÇAS & WALL STREET

Adnardo José Barros é Editor de Finanças & Wall Street no O Telegrama. Começou a carreira de jornalista económico em 2021 no Jornal Mercado e, mais tarde, pela Forbes África Lusófona. Licenciado em Economia pela Universidade Católica de Angola (UCAN), foi técnico de contas no Banco BAI Microfinanças (BMF) e possui ainda formações em auditoria, contabilidade e fiscalidade.
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