‎O Fundo de Garantia de Crédito (FGC), instrumento de política pública voltado para a dinamização do financiamento à economia real, registou, em 2024, o mais elevado volume de garantias da sua história.

‎De acordo com os dados do relatório de gestão e contas, referentes ao exercício económico de 2024, a instituição detida integralmente pelo Estado assegurou financiamentos de projectos no montante global de AOA 984 mil milhões (US$ 1,08 mil milhões), mais 20,64% em comparação com os AOA 815,66 mil milhões (US$ 984,14 milhões) em 2023.

‎O documento revela um aumento de 3,07% no resultado líquido, embora, na conversão para a moeda norte-americana, se constate uma desvalorização do Kwanza, afixando-se em AOA 6,66 mil milhões (US$ 7,29 milhões) em 2024, contra os AOA 6,46 mil milhões (US$ 7,79 milhões) registados no período homólogo.

‎O activo da entidade de garantia pública, que visa o fomento do crédito às micro, pequenas e médias empresas (MPME´s) para o desenvolvimento do sector real da economia, seguiu a mesma tendência de crescimento, tendo registado um incremento de 21,94% para AOA 260,25 mil milhões (US$ 285,34 milhões) face aos AOA 213,43 mil milhões (US$ 257,52 milhões) em 2023.

‎Da leitura do relatório de gestão, a equipa de Luzayadio Simba reforçou o activo investindo em Títulos e Valores Mobiliários, em montante correspondente a AOA 117,92 mil milhões (US$ 129,29 milhões). Em 2023, o investimento nesta rubrica foi calculado em AOA 87,60 mil milhões (US$ 105,69 milhões), o que significa que houve um aumento de 34,61%. Este aumento levaram os Títulos e Valores Mobiliários a uma participação de 45,31% sobre o activo total.

‎Na mesma linha de crescimento, o passivo expandiu 4,75%, ao sair de AOA 65,08 mil milhões (US$ 78,52 milhões) em 2023 para AOA 68,17 mil milhões (US$ 74,74 milhões) em 2024. No exercício em análise, o FGC criou provisões que constitui reserva financeira para cobrir as obrigações futuras ou perdas potenciais no valor de AOA 61,21 mil milhões (US$ 67,11 milhões), apresentando um peso de 89,79% sobre o passivo.

‎Os fundos próprios, activos do Governo colocados à disposição da instituição que constitui o instrumento de política pública voltado à dinamização do financiamento à economia real, fixou-se em AOA 192,09 mil milhões (US$ 210,62 milhões), revelando uma expansão de 29,47% quando confrontado com os AOA 148,36 mil milhões (US$ 179 milhões) do ano anterior.