Os lucros dos cinco principais bancos, Banco Fomento Angola (BFA), Banco Angolano de Investimentos (BAI), Standard Bank Angola (SBA), Banco Poupança e Crédito (BPC) e Banco Keve aumentaram 56% para AOA 443 mil milhões (US$ 471 milhões) no terceiro trimestre contra 284 mil milhões (US$ 302 milhões) no II trimestre de 2024.
À semelhança do segundo trimestre, o BFA volta a liderar com o lucro a crescer 65%. A equipa de Luís Roberto Gonçalves somou 147,6 mil milhões (157 milhões de dólares norte-americanos) contra AOA 89 mil milhões (US$ 94,6 milhões) do trimestre anterior.
O segundo lugar do ranking volta a ser comandado pelo BAI, de Luís Rodrigues Lélis, depois de ter descido para a terceira posição no segundo trimestre. No nono mês do ano, em termos de margem, é o banco que mais cresceu, calculado em 89%. O lucro do banco fixou-se em AOA 94,8 mil milhões (US$ 100 milhões). Contudo, numa comparação com o segundo trimestre do ano em curso, período em que a entidade bancária com sede no Complexo Garden Towers (Luanda) registou AOA 50 mil milhões (US$ 58,7 milhões).
Caindo para a terceira posição está o Standard Bank Angola (SBA) que aumentou os lucros do terceiro trimestre para 96 milhões de dólares (AOA 90,7 mil milhões). O balancete do III trimestre do banco presidido por Luís Fialho Teles indica que, na comparação com o segundo trimestre, se registou o mesmo crescimento com o lucro de de AOA 52,4 mil milhões (US$ 60,13 milhões).
O quarto posto é ocupado pelo estatal BPC, presidido por Luzolo de Carvalho, que, com a nova sede recentemente inaugurada, o banco demonstra estabilidade de um passado recentemente turbulento. Em termos de margem, é o que menos cresceu, com a diferença a contabilizar 34% de margem, mas garantem a posição de number four entre os Big Five. O banco informou ter registado um lucro acumulado de AOA 70 mil milhões (US$ 74 milhões) que, se compararmos com os resultados de 1 de Janeiro a 31 de Junho, a calculadora aponta para um ganho de 66% face aos AOA 42,1 mil milhões (US$ 49,3 milhões) do segundo trimestre.
Na quinta posição, está novamente o Banco Keve. Bruno Rodera da Silva registou um RAI de AOA 40,12 mil milhões, equivalente a 42,68 milhões de dólares norte americanos (US$), ao câmbio do Banco Central (BNA).
Mais depósitos e Crédito
Num ambiente adverso da economia com altas taxas de juros, os 5 maiores bancos viram os recursos de clientes em posse do banco subirem para AOA 10 biliões (US$ 10,6 mil milhões) no terceiro trimestre, mais 5% face os 9,9 biliões (US$ 10,5 mil milhões) do segundo trimestre. Por outro lado, a carteira de crédito cresceu 13%, elevando, assim, a procura de dinheiro por parte das famílias e empresas para cumprimento de suas necessidades.
Assim, tendo calculado a gestão de liquidez e a estratégia de cada banco, o Banco Keve teve um rácio de transformação mais elevado na ordem de 39% e o BAI obteve o menor rácio abaixo de 20%, ou seja, de 16% no período em análise.
Aumento da capacidade financeira
Muito impulsionado pelos investimentos em títulos e valores mobiliários, os activos dos bancos continuam a registar fortes crescimento para gerar fundos no futuro. Na sua actividade doméstica, os cinco grandes bancos tiveram faturas de AOA 13,7 biliões (US$ 14,5 mil milhões) e um passivo de AOA 11 biliões (USD 11,9 mil milhões).
O BAI é o banco com maior receita com uma riqueza avaliada em AOA 4,7 biliões (US$ 5,1 mil milhões), seguido pelo BFA com AOA 3,8 biliões (US$ 4,02 mil milhões).