Finanças & Wall Street

Mangueira defende maior qualidade da despesa e foco em sectores prioritários

Bernardo Bunga

15 Outubro, 2025 - 13:10

Bernardo Bunga

15 Outubro, 2025 - 13:10

Durante o evento de celebração sobre os dez anos de emissão dos títulos de dívida soberana no mercado financeiro internacional, o antigo ministro das Finanças alertou para a persistência de despesas supérfluas que tendem a consumir recursos sem oferecer respostas imediatas às necessidades de primeira ordem

‎‎O actual governador provincial do Namibe e antigo ministro das Finanças, Augusto Archer Mangueira, defendeu a necessidade de uma reorientação da despesa pública, colocando ênfase na qualidade do gasto e na sua capacidade de gerar impacto sobre os sectores considerados prioritários para o desenvolvimento económico e social do país.

‎“Agora, estou do lado da despesa, nós ainda temos, e assistimos a isso e devemos dizer, com franqueza, muita despesa que deve ser, portanto, cortada, deve ser despesa supérflua, ou pelo menos que não incide em uma resolução imediata daqueles temas que são considerados de primeira necessidade”, afirmou Mangueira.

‎Sublinhando a importância de uma governação financeira prudente e orientada por resultados, o governante destacou que a racionalização da despesa é um passo essencial para criar capacidade fiscal. No entendimento do ex-ministro das Finanças, uma estrutura orçamental mais eficiente permitiria que o Estado reforçasse os chamados estabilizadores automáticos.

‎“É fundamental que a despesa pública seja desenhada para criar capacidade a nível recto das finanças públicas”, disse Mangueira, argumentando que isso permitirá “atender os sectores considerados mais prioritários e que possam, de alguma forma, constituir os tais estabilizadores automáticos”.

‎As declarações do governador do Namibe enquadram-se num debate mais amplo sobre a eficiência do gasto público e a sustentabilidade da dívida, num contexto em que Angola celebra uma década de presença nos mercados internacionais de capitais, após a emissão inaugural dos Eurobonds em 2015.

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