Finanças & Wall Street

Mizuho, o aliado japonês de Angola

Nelson Francisco Sul

7 Dezembro, 2025 - 12:00

Nelson Francisco Sul

7 Dezembro, 2025 - 12:00

‎Um dos gigantes globais da banca de investimento, o japonês Mizuho Financial Group fechou acordo com o Ministério das Finanças de Angola para operar como facilitador na transacção de Obrigações Samurai no mercado da Bolsa de Valores de Tóquio ou, se preferir, Tokyo Stock Exchange (TSE). Terceiro maior banco em activo do Japão, a sua história resulta da fusão de três dos maiores bancos e pioneiros da indústria financeira japonesa, fundados no século XIX

‎A Mizuho Financial Group é uma das mais antigas e maiores instituições financeiras do mundo, que incorpora treze instituições na sua estrutura, com foco na prestação de serviços bancários, gestão de risco e de investimento, valores mobiliários, M&A, entre outros. Liderado pelo guru Masahiro Kihara, o banco foi a escolha de Angola para operar como facilitador na colocação do seu título de dívida soberana no mercado de capitais japonês, o Samurai Bonds.

‎Com as suas operações a escala global, enraizada no Japão, Ásia-Pacífico, Américas, Europa, Oriente Médio e África, a Mizuho surge em 2002, fruto da fusão entre três dos maiores bancos e pioneiros da indústria financeira japonês, o Dai–Ichi Kangyo Bank, o Fuji Bank e o Industrial Bank of Japan, fundados há mais de 100 anos.

‎Recentemente, a Mizuho concluiu, por US$ 550 milhões, a compra da Greenhill, uma empresa boutique de consultoria em fusões e aquisições (M&A), facto que acelerou a ambição do banco japonês em conquistar o lucrativo mercado norte-americano dominado pela Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley.

‎Nas tabelas globais, de acordo com o Financial Times, que cita uma pesquisa da Dealogic, desde 2020 que a Mizuho tem oscilado entre o 13º e o 18º lugar entre os bancos de investimento e corporativo, muito impulsionado pela sua cada vez mais crescente presença nos EUA.

‎Numa entrevista na primeira quinzena de Setembro último, o CEO afirmou que o banco inspira subir na tabela de classificação global da banca corporativa e de investimento para o “Top Ten”. “Acho que temos uma chance razoável de nos tornarmos o número 10 ou dentro do número 10”, disse Masahiro Kihara ao FT.

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Nelson Francisco Sul

Director

Nasceu em Benguela, cursou Direito, mas apaixonou-se pelo Jornalismo. Desde então, esteve sempre inclinado em jornalismo político e investigativo. Foi correspondente na Deutsche Welle, emissora internacional da Alemanha, e no Expresso, o principal jornal de informação generalista de Portugal. Em Angola, conta com passagens em diversos órgãos, destacando o extinto Semanário Angolense e o jornal económico Expansão. Até fundar o O Telegrama, Nelson prestou consultoria em duas agências britânicas de classificação de risco de crédito e de risco reputacional de negócios.

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