O supervisor do sistema financeiro angolano esclareceu, em resposta enviada ao O Telegrama, as dúvidas em relação à exclusão de três entidades bancárias no ranking das reclamações do sistema financeiro, divulgado no dia 10 de Julho, sendo que o documento espelha a insatisfação dos clientes bancários durante o primeiro trimestre do ano em curso.
De acordo com o BNA, entre Janeiro e Março, foi recepcionado um total de 16 548 reclamações, numa média de 5516 processos por mês, o que corresponde a aumentos de 105,97% face ao IV trimestre do ano transacto, que registou um total de 8 034 processos e de 146,29% quando comparado com o período homólogo de 2023, que contou com 6 719 reclamações.
Acontece que, no ranking divulgado pelo supervisor, constam apenas nomes de 20 instituições bancárias, quando operam no mercado angolano 23 entidades financeiras. Ao constatarmos as ausências dos bancos VTB África, Banco da China e do Standard Chateard, questionamos ao governo do Banco Central quais as razões. Em resposta, a instituição governada por Manuel Tiago Dias esclareceu o seguinte:
“Os bancos comerciais em causa não estão referidos no ranking por não se ter registado reclamações tanto nas instituições, bem como directamente ao BNA”, afirmou o supervisor bancário no seu primeiro comentário, que, logo a seguir, concluiu.
“Importa salientar que tal facto poderá estar relacionado com a natureza da actividade dos referidos bancos e também com a carteira de clientes muito reduzida e composta, principalmente, por pessoas colectiva”.
Entretanto, entre os bancos inseridos no ranking das reclamações do sistema financeiro angolano, salta à vista o BDA (Banco de Desenvolvimento de Angola), cujo “core business” está vocacionado a entidades colectivas.
No primeiro trimestre do ano, a grande banca (bancos de importância sistémica) registou uma média de 47.3 reclamações por cada 100 mil clientes, concentrando 93% das insatisfações dos clientes. A banca de pequena dimensão (instituições bancárias não sistémicas), que registou uma média de 213,13 reclamações por cada 50 mil clientes, o número de insatisfação foi de 517.
