A operação, que, de acordo com o comunicado do Ministério das Finanças (Minfin), sinaliza a recuperação da confiança dos investidores na economia angolana, foi estruturada em duas tranches distintas que totaliza US$ 1,75 mil milhões, o mesmo montante que foi emitido na última digressão de Angola nos mercados de capitais internacionais, isto é, em 2022.
A primeira tranche, foi emitida no valor de US$ 1 mil milhão, com maturidade de cinco (5) anos, o que corresponde a um prazo que vai até 2030 e taxa de cupão semestral de 9,25%. Já a segunda, de US$ 750 milhões, foi fixado com um prazo de dez (10) anos, até 2035 e cupão de 9,78%.
“Com o livro de ordens a registar intenções de investimento no valor de US$ 6 mil milhões, o resultado da operação demonstra a credibilidade e a confiança dos mercados internacionais na economia angolana”, realça o comunicado do departamento ministerial dirigido por Vera Daves de Sousa.
A última emissão de Eurobonds efectuada por Angola foi em 2022, ano em que o País havia captado US$ 1,75 mil milhões em dívida soberana. A nova operação tornada pública esta terça-feira, 07 de Outubro, marca mais um capítulo na trajectória de Angola enquanto emissor de títulos internacionais.
A estreia de Angola neste segmento remonta a 2015, com a operação Palanca I, que resultou na captação de US$ 1,5 mil milhões. Três (3) anos mais tarde, em 2018, o País reforçou a sua presença com uma emissão deus$ 3,5 mil milhões, distribuídos em duas tranches. Em 2019, Angola voltou aos mercados para uma nova operação de US$ 3 mil milhões, igualmente estruturada em duas tranches.