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Envio de caças terá “consequências políticas e militares em todo o mundo”, avisa a Rússia

08-02-2023 8:55

DN/Lusa

08-02-2023 8:55

DN/Lusa

A embaixada da Rússia em Londres alertou que o envio de caças para a Ucrânia terá "consequências militares e políticas para o continente europeu e para todo o mundo" e que responderá a quaisquer "medidas hostis tomadas pelo lado britânico"

Com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky no Reino Unido, a embaixada da Rússia em Londres deixou esta quarta-feira um aviso: o envio de caças para a Ucrânia terá “consequências militares e políticas para o continente europeu e para todo o mundo”, avança a Reuters, que cita a agência Tass.

A posição da embaixada surge depois de Zelensky reiterar o pedido, perante o parlamento britânico, por aviões militares de combate para ajudar as forças ucranianas a combater a invasão russa, em curso desde 24 de fevereiro.

A embaixada da Rússia em Londres declarou, em comunicado citado pelas agências de notícias estatais russas, que o “derramamento de sangue, a próxima fase da escalada e as consequências militares e políticas para o continente europeu e para todo o mundo”, que resultariam do envio de caças para a Ucrânia, estariam na consciência de Londres.

“A Rússia encontrará uma maneira para responder a quaisquer medidas hostis tomadas pelo lado britânico”, referiu ainda a embaixada russa, segundo a TASS.

PM britânico “não exclui” entrega de aviões de combate mas dá prioridade a mísseis

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, insistiu esta quarta-feira que “nada está excluído” em termos do fornecimento à Ucrânia de aviões de combate, mas sublinhou que a prioridade é reforçar a defesa antiaérea e mísseis de longo alcance.

“Quando se trata da prestação de assistência militar à Ucrânia, nada está fora da mesa”, afirmou Sunak, numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, após uma visita a uma base militar no sul de Inglaterra onde soldados ucranianos estão a ser treinados pelas forças armadas britânicas.

O chefe de governo britânico disse que o que discutiu com Zelensky é que que “as necessidades mais imediatas são [sistemas de] defesa antiaérea e mísseis de longo alcance”.

Antes, Sunak, fez saber que pediu ao ministro da Defesa para avaliar a possibilidade de fornecer aviões aos militares ucranianos, revelou um porta-voz, que disse que esta só poderia ser uma “solução a longo prazo”.

“O primeiro-ministro deu instruções ao ministro da Defesa [Ben Wallace] para analisar que aviões poderíamos fornecer, mas esta é claramente uma solução a longo prazo e não uma capacidade a curto prazo, que é o que a Ucrânia mais precisa neste momento”, afirmou o porta-voz de Sunak.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reiterou hoje durante uma visita a Londres o pedido aos aliados de aviões militares de combate para o país se defender da invasão russa, alegando que serão as “asas para a liberdade” do país.

Para reforçar a mensagem, durante um discurso no parlamento presenteou o presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, com um capacete da Força Aérea Ucraniana, onde um piloto ucraniano escreveu a frase: “Nós temos liberdade. Deem-nos asas para a protegermos”.

“Espero que este símbolo ajude a nossa próxima coligação, coligação dos aviões, e apelo a vós e ao mundo, com palavras simples e no entanto muito importantes: aviões de combate para a Ucrânia, asas para a liberdade”, acrescentou Zelensky.

Rishi Sunak já tinha anunciado esta manhã a decisão de o Reino Unido treinar pilotos ucranianos para usar caças de combate modernos usados por países da NATO.

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