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EUA identificam segundo “balão espião” sobre a América Latina

04-02-2023 2:42

DN/Lusa

04-02-2023 2:42

DN/Lusa

Pequim veio dizer que a "alguns políticos e meios de comunicação social dos EUA estão a usar o incidente como pretexto para atacar e difamar a China"

Os Estados Unidos anunciaram ter sido detetado um segundo balão a sobrevoar a América Latina, indicou o Pentágono esta na sexta-feira, sem especificar a localização exata.

“Temos conhecimento de relatos de um balão a sobrevoar a América Latina. Estamos a avaliar se é mais um balão de vigilância chinês”, disse o porta-voz do Pentágono, brigadeiro Pat Ryder, numa declaração enviada à imprensa.

Também o jornal La Nacion da Costa Rica publicou um artigo sobre um objeto voador branco, semelhante a um balão de ar quente, avistado sobre o país latino-americano.

Na quinta-feira, o Pentágono indicou estar a seguir os movimentos de um “balão espião” chinês avistado sobre o estado de Montana (nordeste), onde se encontra um dos três locais de silos de mísseis nucleares em solo norte-americano.

Os outros silos estão localizados em dois estados limítrofes do Montana: Dakota do Norte, a leste, e Wyoming, a sul.

O Pentágono adiantou que o balão deslocou-se para leste nas últimas horas e encontra-se agora no centro do país, a mais de 18 mil metros acima do solo.

A presença do balão no espaço aéreo norte-americano desencadeou uma crise diplomática entre Washington e Pequim e levou ao adiamento da viagem prevista do secretário de Estado, Antony Blinken, ao país asiático.

Pequim admitiu, na sexta-feira, que o balão lhe pertence, mas garantiu tratar-se de “um dirigível civil utilizado para fins de pesquisa meteorológica” e, já esta madrugada, veio afirmar que este caso está a ser um pretexto para “difamar a China”.

“Alguns políticos e meios de comunicação social dos EUA estão a usar o incidente como pretexto para atacar e difamar a China”, indicou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês., acrescentando que o país “cumpre sempre estritamente o direito internacional e nunca violou o território e o espaço aéreo de um país soberano”.

Sobre o balão, que Pequim admitiu as autoridades chinesas lamentaram e disseram tratar-se de uma intrusão involuntária: “o lado chinês lamenta a entrada involuntária do dirigível no espaço aéreo dos Estados Unidos devido a força maior”.

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