CPLP +

Medvedev: “O mundo está, provavelmente, na iminência de uma nova guerra mundial”

25-04-2023 6:29

Diário de Notícias

Agência Lusa

25-04-2023 6:29

Diário de Notícias

Agência Lusa

O antigo presidente russo, aliado de Vladimir Putin, afirmou que os riscos de um confronto nuclear estão a aumentar

Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, alertou esta terça-feira que o mundo poderá estar na iminência de uma nova guerra mundial e que os riscos de um confronto nuclear estão a aumentar, segundo a Reuters.

“O mundo está doente e, muito provavelmente, na iminência de uma nova guerra mundial”, afirmou Medvedev, aliado de Vladimir Putin, durante uma conferência em Moscovo.

O ex-presidente russo considerou que os riscos para um confronto nuclear estão a aumentar e são mais sérios do que as preocupações com as alterações climáticas.

“Esta ameaça [nuclear] existe hoje, infelizmente, e está a crescer a cada dia por razões conhecidas”, disse Medvedev, citado Daily Mail.

Perante uma plateia de jovens, Medvedev afirmou que a guerra “foi imposta” à Rússia e que a operação especial millitar na Ucrânia, como Moscovo classifica a invasão, em curso desde 24 de fevereiro, é a resposta à “expansão sem fim da NATO”.

Alertou que Putin pode recorrer primeiro ao uso de armas nucleares, referindo-se à doutrina nuclear russa. “Deixa claro que as armas nucleares podem ser usadas se a Rússia enfrentar um ato de agressão envolvendo outros tipos de armas, que ameacem a própria existência do Estado”, declarou Medvedev.

“Na verdade, trata-se de usar armas nucleares em resposta a tais ações”, prosseguiu, deixando um alerta: “Os nossos potenciais adversários não devem subestimar isso”.

Já na sexta-feira, o ex-presidente russo tinha ameaçado enviar o Reino Unido para o abismo, com as “ondas criadas pelo mais recente sistema de armas”, numa reação às mais recentes sanções do Governo britânico a autoridades russas.

“O Reino Unido foi, é e será o nosso inimigo eterno”, escreveu, na altura, Medvedev na rede social Telegram. “De qualquer forma, em breve a sua ilha atrevida e repugnantemente húmida será lançada para o abismo do mar por ondas criadas pelo mais recente sistema de armas russo”, acrescentou.

Nesse dia, o Reino Unido anunciou sanções contra cinco russos acusados de envolvimento no envenenamento e prisão do opositor Vladimir Kara-Murza, condenado a 17 de abril a 25 anos de prisão.

Os cinco foram sujeitos a proibições de viagem e os seus bens foram congelados.

“O Reino Unido continuará a apoiar Kara-Murza e a sua família”, garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, pedindo à Rússia que o “liberte imediata e incondicionalmente”.

Partilhar nas Redes Sociais

WhatsApp
Facebook
Twitter
Email