Opinião

23-02-2024 11:00

23-02-2024 11:00

Bernardo Vaz

Economista

Depois de um longo interregno, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) volta a publicar os dados do emprego, ao sair de 29,6% para 31,9%, a taxa de desemprego teve um crescimento de 7,7%.

Essa falta de regularidade na publicação de um indicador tão importante como é o emprego, gera desconfiança por parte dos utilizadores dessas estatísticas.

Mesmo com base aos dados históricos, Angola tem uma taxa de desemprego muito elevada. Cerca de 30% da população activa está desempregada, se acrescentarmos a isso que 80,5% dos empregados estão no sector informal da economia, o problema torna-se ainda maior.

Nem que o desemprego aumentasse apenas 1 p.p. (pontos percentuais), já seria preocupante dada a alta taxa de desemprego vigente. O país tem uma taxa de inflação alta, até para os padrões africanos e, se a isso somarmos o desemprego crescente, temos em Angola uma taxa de mal-estar económico bastante elevada, próximo dos 50%.

Moeda desvalorizada, taxa de juros elevada, inflação alta e um ambiente de negócios bastante desafiante até mesmo para os investidores mais experientes, tudo isso, retrai o investimento e consequentemente aumenta o desemprego.

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