Como pensar que o MECE pode ser responsável pelo desempenho da economia nos últimos 100 dias de modo a podermos analisar tal desempenho? Ocorre também perguntar se o ex-ministro Manuel Nunes Júnior é mais culpado do que o Titular do Poder Executivo, ou do que os restantes membros da chamada equipa económica, pelos recentes insucessos da economia que levaram à sua substituição. Ou ainda se o novo Ministro é responsável pela politização de um dos melhores bancos angolanos.

José de Lima Massano tem um perfil diferente do daquele seu antecessor, pois, ao contrário deste, que tem uma trajectória essencialmente académica e de político, tem lidado com o mundo empresarial praticamente desde o início da sua carreira profissional. Com mais experiência e outro estilo de actuação, é natural que se espere dele mais efectividade na coordenação das acções e maior celeridade na tomada de decisões, de modo a assumir o papel de uma espécie de Primeiro-Ministro para os Assuntos Económicos e contribuir para uma maior eficácia e eficiência do desempenho do Executivo.

Deve ter sido por iniciativa de Massano a aprovação, pelo Executivo, das designadas “Medidas de Estímulo da Economia e de Dinamização do seu Potencial”, extensamente enumeradas, com um descritivo que fez lembrar muitas outras aprovadas noutras circunstâncias ao longo dos tempos e quase sempre sem os efeitos desejados. A obrigatoriedade de aquisição de bens produzidos em Angola por entidades públicas é apenas um exemplo entre muitos possíveis.

Leia o artigo na íntegra na edição n.º 1 da revista O Telegrama, de 13 de Outubro de 2023, em papel.