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App “Parto Seguro” chega a Angola para combater mortes durante o parto

19-11-2022 4:39

Borralho Ndomba

Jornalista

19-11-2022 4:39

Borralho Ndomba

Jornalista

Um aplicativo de origem dinamarquês foi lançado na província do Namibe, nesta quinta-feira (17.11), com a finalidade de reduzir a alta taxa de mortalidade materno-infantil no País. A ferramenta tecnológica "Parto Seguro" vai funcionar numa primeira fase nas regiões afectadas pela seca

O Fundo das Nações Unidas para as Populações (UNFPA), instituição que fez o lançamento do aplicativo, diz tratar-se de uma ferramenta tecnológica que proporcionará formação clínica contínua e será usada, numa primeira fase, por 240 profissionais de saúde das regiões mais afectadas pela seca no Sul de Angola.

O App é um instrumento que, para além de prevenir e evitar as mortes materno-infantil, fornece aos técnicos de saúde, assim como as parteiras, informações de como prestar assistência às mulheres com gravidez de risco.

Nesta aplicação há uma extensa biblioteca com documentos actualizados sobre procedimentos clínicos, vídeos com instruções clínicas e um catálogo de formações na área da saúde, a que os beneficiários poderão aceder segundo as suas necessidades.

Angola na pirâmide de mortes maternas

“Parto Seguro” vai estar mais próximo das necessidades das comunidades e não há restrições para o seu uso”, diz o representante em Angola do Fundo das Nações Unidas para as Populações, Mady Biaye, augurando que “todo o país seja coberto por este aplicativo” que visa “salvar vidas das mães e dos recém-nascidos”.

A taxa de mortes durante o parto continua alta no país. Em cada 100 mil nascidos vivos, 187 resultam em mortes, apontam os dados oficiais do Ministério da Saúde, actualizados em 2021.

Entretanto, numa primeira fase, as províncias do Namibe, Huíla, Cuando Cubango e Cunene, serão as primeiras beneficiárias deste projecto que já vem sendo implementado em alguns países africanos.

Preocupado com o elevado número de mortalidade materna, o responsável do Instituto Nacional de Saúde Pública, Hilário Cassule, afirmou que “este aplicativo concorre para aquilo que é a estratégia do Governo”.

A distância entre as comunidades e as unidades hospitalares e algumas questões culturais são também apontadas pelo Ministério da Saúde como uma das principais causas do elevado número de mortes materno-infantil no país.

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