Empresas & Negócios

Crime. ‘Quadrilha’ de oficiais superiores da Polícia fazem assalto milionário

25-10-2022 11:36

Faustino Gaspar

Jornalista

25-10-2022 11:36

Faustino Gaspar

Jornalista

Altas patentes da Polícia Nacional, dos Serviços de Proteção Civil e Bombeiros e das Forças Armadas Angolanas encontram-se detidos, desde há semana passada, indiciados na prática de diversos crimes, resultando no roubo de 154 mil dólares norte-americanos. O comandante da Esquadra do Bairro Operário foi "apanhado no assalto".

Um grupo composto por 12 elementos, constituído por oficiais superiores da Polícia Nacional e das Forças Armadas, é suspeito de ter assaltado um estrangeiro de nacionalidade somali, que responde pelo nome de Abdi Mohamud Ahmed, no município do Sambizanga, em Luanda. A ação resultou no roubo de 154 mil dólares norte-americanos, informou o porta-voz do SIC em Luanda.

O crime ocorreu no passado dia 7 de Setembro e os presumíveis autores só foram detidos no dia 14 deste mês. De entre implicados, estão o superintendente-chefe Elton Leitão Ribeiro, de 35 anos, tido como o “cérebro” do grupo. Em posse desse oficial superior da Polícia Nacional, colocado no Ministério do Interior, à data dos factos exercia as funções de chefe de gabinete do director dos recursos humanos, foram encontrados 22.700 mil dólares, dos 42 mil de que se teria beneficiado.

Está ainda detido Carlos Teodoro Lopes Moreira, 52 anos, capitão das FAA, colocado no Comando Militar do Grafanil. Em posse de quem foi encontrado 1.400, dos 10 mil dólares do assalto ao referido cidadão somali.

O 3º subchefe do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros, Tomás António Manassas, 40 anos, mais conhecido por Kembo, colocado na Direção de Infraestruturas e Equipamentos, foi detido e, de seguida, apreendido três mil dólares dos 5 mil locupletado.

Outro implicado é o comandante da esquadra do Bairro Operário, o intendente Benvindo Nanga. Ao grupo de oficiais detidos, que, neste momento, se encontra encarcerado em uma das celas do SIC-Luanda, suspeita-se que se tenha juntado alguns agentes afetos ao Serviço de Investigação Criminal, entretanto, que estão foragidos.

O diretor do departamento de comunicação institucional e imprensa do SIC, em Luanda, superintendente-chefe Fernando de Carvalho, dá conta que foram desencadeados um conjunto de ações e medidas investigativas complementares para a materialização da detenção dos restantes elementos.

Partilhar nas Redes Sociais

WhatsApp
Facebook
Twitter
Email