Depois de mais de um ano de turbulência, originada por incompatibilidades de coabitação entre Horácio dos Reis e Queirós Anastácio Chiluvia, a entidade que detém a emissora procedeu ao afastamento de Queirós Chiluvia no cargo de director de informação, nomeando, como substituto, o então chefe de redacção.

Num documento datado de 8 de Novembro, a Academia Politécnica, Lda informa que “a mudança visa à normalização do funcionamento da Rádio Despertar”. António Festos será revestido no cargo na tarde desta terça-feira, 15, de acordo com fontes d’O Telegrama.

Desde a chegada de Horácio dos Reis na direcção da emissora do partido do “Galo Negro”, em Maio de 2021, vários são os relatos de crispação, sabotagem e acusações mútuas de descaminho de verbas. E tudo porque, após o falecimento de Emanuel Malaquias, o anterior director, uma corrente dentro da UNITA defendia que o posto deveria ser ocupado por Queirós Anastácio Chiluvia. Porém, há quem comente que a falta de coabitação entre Horácio e Queiroz é, na verdade, uma disputada de samakuvistas e adalbertistas, uma referência ao anterior e ao actual presidente do partido dos “maninhos”.

O agora nomeado, António Festo Camunda, tem 39 anos, e ingressou nos quadros da Rádio Despertar há 15 anos, no ano a seguir ao início das emissões, em 2007. 

Embora as suas emissões tivessem início a 26 de Dezembro de 2006, a Radio Despertar foi legalizada em 1997. Criada no âmbito dos acordos de Lusaka, que mais tarde veio a dar lugar aos acordos de Luena, entre o Governo e a UNITA, está registada em nome da Academia Politécnica, Limitada, uma sociedade comercial detida pela DIAPASÃO, Lda, e pela Sociedade Geral de Minas (S.G.M, S.A.R.L), tendo como representantes Abel Epalanga Chivukuvuku e o antigo ministro do Comércio no Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN), Vitorino Domingos Hossi.