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Angola e Coreia do Sul identificam as áreas para reforço da parceria

21-10-2022 10:11

Nelson Francisco Sul

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Jornal de Angola

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O investimento da Coreia do Sul no sector agro-alimentar em Angola, a transferência de tecnologia e o conhecimento científico constituem as premissas basilares da cooperação entre os países.

A ideia é buscarem-se as vantagens recíprocas com o pendor para a satisfação das necessidades alimentares das respectivas populações. Estas premissas foram declaradas pelo ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, no final da audiência que concedeu ao vice-ministro dos Negócios Estrangeiros para os Assuntos Económicos da Coreia do Sul, Yun Seong-Deok.

O desejo é de inverter o actual paradigma das trocas comerciais, essencialmente, virada para os produtos do sector do Oil & Gas (indústria petrolífera), compra de automóveis e equipamentos industriais.

De acordo com Victor Fernandes, as partes passaram em revista os meandros das relações bilaterais entre a Coreia e Angola no domínio da Indústria e Comércio e concordámos que elas estão muito aquém do potencial de ambos.

Conforme manifestado, a Coreia do Sul, pela capacidade industrial que ostenta e o desenvolvimento industrial e tecnológico que possui, afigura-se um parceiro considerável importante em matéria de transferência de know-how para Angola.

O titular da pasta da Indústria e Comércio recordou que o pelouro estabeleceu como meta para o próximo quinquénio atingir a auto-suficiência alimentar, o que pressupõe a necessidade de parcerias com países com experiência em processos de transição económica semelhantes ao que Angola está a atravessar. Essas ideias têm em conta que a Coreia do Sul também já passou por essa fase no desenvolvimento da economia até atingir a sólida capacidade técnica e tecnológica que dispõe.

“Não é necessário lembrar das marcas de uma variada gama de produtos que a Coreia do Sul exporta para o mundo inteiro, desde a indústria ligeira aos demais segmentos, mas, principalmente, na indústria pesada, passando pela produção de máquinas e ferramentas, assim como  na indústria associada à produção do agronegócio”, afirmou.

O encontro culminou com a assinatura do acordo comercial e industrial, um acto que serviu para assinalar os 30 anos da relação entre os  dois países, um período durante o qual, segundo Victor Fernandes, “nunca se procedeu à actualização do acordo de cooperação nos domínios da Indústria e do Comércio”, razão para qual  “tomámos nota da necessidade de termos uma equipa conjunta que vai acompanhar a implementação desse acordo comercial”.

“Esse acordo comercial e industrial deverá focalizar a sua atenção no desenvolvimento do nosso país. Queremos criar uma parceria win win (vantagens recíprocas) com a Coreia do Sul. Lançamos  o desafio ao vice-ministro de criar um parque industrial coreano em Angola, de modo que as indústrias coreanas possam investir no nosso país”, frisou.

Conforme manifestado, Angola exporta, essencialmente, produtos do sector  do Oil & Gas (indústria petrolífera) e importamos da Coreia do Sul maquinarias, electrodomésticos, automóveis, mas a nossa balança comercial é muito pequena, ou seja, deficitária, do ponto de vista daquilo que nós devíamos exportar. A Coreia tem muita gente e precisa de alimentação porque importam muita alimentação de todo o mundo.

Trocas comerciais movimentam 200 milhões de dólares em 2021

O incremento das trocas comerciais entre Angola e a Coreia do Sul, avaliadas em cerca de 200 milhões de dólares, a abordagem de mecanismos para a diversificação das áreas de investimento e a participação de Angola na “Expo Gunsa 2030” foram os principais temas do encontro entre uma audiência concedida ontem, em Luanda, pelo ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, a uma delegação da Coreia do Sul, chefiada pelo seu vice-ministro dos Negócios Estrangeiros para os Assuntos Económicos da Coreia do Sul, Yun Seong-Deok.

No final do encontro, que decorreu à porta fechada, Yun Seong-Deok disse aos órgãos de comunicação social que a Coreia do Sul encara Angola como um parceiro de relevante importância económica, no qual o seu país tem interesses em investir nos sectores das energias renováveis e da agricultura.

“A Coreia do Sul tem interesses no sector das energias renováveis e agricultura, no âmbito de um plano gizado pelo nosso Governo, com a finalidade de ajudar a resolver o problema de falta de alimentação dos países africanos, com particular destaque para Angola. As duas partes traçaram as balizas para o estreitamento das nossas relações nesses importantes domínios e estamos certos de que juntos temos condições de trabalhar no sentido acabar com a falta de alimentação”, disse.

O diplomata acredita que o novo impulso dado nas relações entre os dois Estados permitirá, a breve trecho, incrementar o volume das trocas comerciais que, em 2021, tendo com principais produtos importados por aquele país, a partir de Angola o gás natural e minério de ferro, ao passo que Coreia do Sul exporta para Angola veículos automóveis e máquinas de indústria ligeira e peças.

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