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Crime. Oficiais superiores da Polícia Nacional fazem assalto milionário no Sambizanga

22-10-2022 12:03

Faustino Gaspar

Jornalista

22-10-2022 12:03

Faustino Gaspar

Jornalista

Altas patentes da Polícia Nacional, dos Serviços de Proteção Civil e Bombeiros e das Forças Armadas Angolanas encontram-se detidos e indiciados na prática de diversos crimes, que resultou no roubo de 154 mil dólares norte-americanos. O comandante da Esquadra do Bairro Operário foi "apanhado no assalto".

Um grupo composto por 12 elementos, constituído por oficiais superiores dos órgãos de segurança e ordem interna, assaltaram um imigrante de nacionalidade somali, Abdi Mohamud Ahmed, no município do Sambizanga, em Luanda. Desta ação resultou no roubo de 154 mil dólares norte-americanos, informou o porta-voz do SIC em Luanda.

O crime remonta a 7 de Setembro e os envolvidos encontram-se detidos desde o passado dia 14. Nele estão implicados o superintendente-chefe Elton Jhon da Silva Leitão Ribeiro, de 35 anos, dito como o “cérebro” do grupo. O oficial superior da Polícia Nacional, colocado no Ministério do Interior, onde à data dos factos exercia as funções de chefe do gabinete do director dos recursos humanos, foi encontrado na posse de 22,700 mil dólares, dos 42 mil que terá se beneficiado.

Está ainda detido Carlos Teodoro Lopes Moreira, 52 anos, capitão das FAA, colocado no Comando Militar do Grafanil. Foi encontrado na posse de 1.400, dos 10 mil dólares que terá se beneficiado do assalto ao cidadão somali.

O 3º subchefe do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros, Tomás António Manassas, 40 anos, mais conhecido por Kembo, colocado na Direção de Infraestruturas e Equipamentos, foi detido na posse de três mil dólares dos 5 mil que terá se beneficiado.

Outro implicado é o comandante da esquadra do Bairro Operário, o intendente Benvindo Nanga. Do grupo de oficiais detidos que, neste momento, se encontram encarcerados nas celas do SIC-Luanda, presume-se, ainda, que estarão envolvidos agentes do Serviço de Investigação Criminal, entretanto, foragidos.

O diretor do departamento de comunicação institucional e imprensa do SIC, em Luanda, superintendente-chefe Fernando de Carvalho, dá conta que foram desencadeados um conjunto de ações e medidas investigativas complementares para a materialização da detenção dos restantes elementos.

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