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Filomeno Vieira Lopes. “FPU terá que caminhar para coligação”

22-10-2022 11:24

Borralho Ndomba

Jornalista

22-10-2022 11:24

Borralho Ndomba

Jornalista

O presidente do Bloco Democrático (BD) afirma que, em 2027, o seu partido poderá concorrer às eleições gerais ao lado da UNITA e do PRA-JA Servir Angola, caso a plataforma Frente Patriótica Unida (FPU) se transforme numa coligação formal

O BD elegeu cinco deputados na actual legislatura pela lista do principal partido na oposição, a UNITA, porém, arrisca ser extinto, caso volte a participar no mesmo formato em que esteve nas últimas eleições gerais. A extinção é uma ameaça que Filomeno Vieira Lopes quer evitar, e já tem uma ideia a apresentar aos seus parceiros, Adalberto Costa Júnior, UNITA, e Abel Chivukuvuku, PRA-JA Servir Angola.

“Numa próxima legislatura, a FPU terá que caminhar para uma coligação formal porque o Bloco Democrático não pode mais inscrever os seus membros na lista de outro partido, porque, segundo as leis actuais, um partido não pode deixar de concorrer duas vezes”, lembrou o líder dos bloquistas.

A posição de Vieira Lopes foi apresentada na sexta-feira (21.10), no espaço “Conversa da Kianda”, do site de notícias Correio da Kianda.

O político reconheceu, entretanto, que o seu partido não teria êxito caso não integrasse a plataforma política liderada por Adalberto Costa Júnior.

Nas últimas eleições vencidas pelo MPLA, partido governante há 47 anos, o Bloco Democrático fez “todo o esforço patriótico” para não concorrer sozinho, diz Filomeno Vieira Lopes.

“Concorrendo numa lista, conseguimos ter mais assentos parlamentares. Significa que, se concorrêssemos sozinhos, com os mesmos números de votos, teríamos menos assentos. E como sabe, para fazer alternância, precisamos não só de mais assentos, mas precisamos de uma força política com uma percentagem de votos que lhe garanta a governação”, afirmou o líder histórico do Bloco Democrático, sucedâneo da extinta Frente para Democracia (FpD).

Nas eleições gerais de 2017, o BD concorreu coligado na CASA-CE, coligação eleitoral que no pleito de 24 de Agosto não elegeu nenhum assento parlamentar, ou seja, perdeu os 16 deputados conseguidos naquele ano.

Para os próximos pleitos, gerais e autárquicos, Vieira Lopes entende que a plataforma FPU deve renovar o pacto para atender à vontade de todas as partes do projecto que já tem um “bem comum” que é o Grupo Parlamentar, onde estão representantes indicados pela UNITA, PRA-JA, Bloco Democrático e membros da sociedade civil.

“A FPU teve um extraordinário acolhimento e hoje é praticamente um património nacional, e assim será no futuro”, defende o economista que lidera o BD desde 2021, sucedendo ao também economista Justino Pinto de Andrade, que liderou o partido desde a sua fundação.

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