Um dos oficiais apontados como sendo “o barão da droga” em Angola, estando supostamente envolvido em execuções sumárias, é o actual director-geral adjunto do SIC, Fernando Receado. Apesar das graves acusações que pedem sobre si, na qualidade de então responsável máximo do SIC em Luanda, ainda assim, o ministro Eugênio Laborinho propôs ao Presidente da República a nomeação de Receado para 2ª figura do SIC nacional.
Homem de confiança de Laborinho, Fernando Receado é descrito como sendo um oficial torturador, especializado em arrancar confissões a supostos marginais usando métodos de tortura e de práticas contra os direitos humanos e dos reclusos.
A audição dos deputados ao ministro do Interior, que decorre neste momento na Assembleia Nacional, surge ainda numa altura em que, em entrevista ao Novo Jornal, o ex-comandante da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, fez uma série de acusações contra o general Eugénio Laborinho, dizendo mesmo que “é uma pessoa de má-fé”.
O Telegrama sabe que há equipa forense da Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigar as conexões sobre o tráfico de drogas no país.