Nesta época, no então regime de partido único, Fernando Pacheco Augusto dos Santos se ocupava do departamento de política agrária do MPLA.

Foi ainda director nacional no Ministério da Agricultura. Nos tempos em que o campo era o “petróleo” angolano de hoje.

Com o advento da instauração do regime multipartidário, em 1990, Fernando Pacheco optou por abandonar a política partidária e co-fundou a ADRA (Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente), maior organização não governamental, vocacionada à construção de um desenvolvimento rural, social, económico e, ambientalmente, mais justo.

Ao longo de décadas, Pacheco destacou-se como engenheiro agrónomo, através de uma ampla e diversificada análise e estudos sobre temas ligados à política, ao desenvolvimento agrário e à população rural de Angola.

Em 2018, foi indicado membro do Conselho da República, uma condição que não provocou metamorfose em suas intervenções públicas. Talvez seja por isso tenha sido excluído da nova composição do Conselho da República, resultante das eleições gerais de 24 de agosto.

Aos 73 anos, continua a ser um dos rostos mais qualificado para falar de temas relativos aos desafios da agricultura, o desenvolvimento comunitário e à seca. Aliás, Fernando Pacheco é, dentro e fora do país, um rosto e uma voz que, desde já, dispensa apresentações.