Peregrino incansável e servidor dos mais desfavorecidos, o sacerdote iniciou a sua trajectória no princípio da década de 1990. Tem sido a voz das comunidades que há anos atravessam uma grave penúria alimentar devido à prolongada seca na região.
Em 2016, levantou a sua voz contra um mega-projecto que se estendia às províncias da Huíla e do Cunene, ligada a altas figuras das Forças Armadas e do poder político instituído, consubstanciado em desmantelamento das terras indígenas, ameaçando, desta forma, a sobrevivência de grupos étnicos minoritários, sendo os mais visados os Vangambwe, Vahimba e Vankhumbi, que habitam em isolamento naquela região.
Estava em causa a ocupação de mais de trinta e dois (32) mil hectares, afectando mais de duas mil aldeias.
Através das ONG Associação Construindo Comunidades (ACC) e da Ame Naame Omunu (ANO), ambas com sede no Lubango, província da Huíla, co-fundadas e lideradas pelo sacerdote católico, Pio Wacussanga tem acompanhado essas comunidades minoritárias, dando voz ao grito de socorro para colmatar aos inúmeros problemas e graves situações humanitárias na região Sul.