O presidente da mesa da Assembleia Geral do Access Bank Angola, Nuno Carmo Simões, convocou os accionistas do banco para uma sessão anual do órgão, agendada para 29 de Abril, na qual os sócios do ex-Finibanco vão analisar e deliberar, entre os outros temas, “o relatório de gestão e contas” e “apreciar e deliberar sobre a proposta de aplicação dos resultados” financeiro de 2023.
De acordo com a convocatória, os donos do Access Bank Angola vão também apreciar “o relatório de actividades do conselho fiscal” e o “relatório da comissão de remunerações”. O tema expectante está relacionado com o governo do banco e interesse dos accionistas, ou seja, após ter adquirido o extinto-Finibanco, os nigerianos preparam-se agora para alterar a composição dos órgãos sociais do banco.
É ponto assente o afastamento do português Rui Martins Pereira à frente da instituição que viu mudar de dono em Julho de 2023, a meio a uma decisão do banco central angolano que afectara a reputação da entidade bancária. Sob liderança do banqueiro português, em 2022, o Finibanco foi sancionado pelo supervisor da banca nacional, por 45 dias, por infracções referente à execução de operações cambiais e os critérios para a classificação de operações de risco, por violação do dever de classificação do perfil de risco de clientes, assim como a justificação da proveniência dos fundos para a realização de operações cambiais de manutenção de pessoa física e viagens.
Entre 2022 e 2023, o Access Bank Angola contabilizou um rombo de 70% no seu lucro, saindo de mais de 4,7 mil milhões de kwanzas, para os actuais 1,4 mil milhões de kwanzas, representando uma diminuição de 3,3 mil milhões Kz. Neste momento, a instituição financeira possui activos avaliados em 156 mil milhões de kwanzas, tornando-o no quinto maior banco entre os não sistémico.
Em Janeiro deste ano, a gigante nigeriana Access Bank Plc, depois de ter adquirido 51% das acções do português Montepio no angolano Finibanco, passou a deter 99,20% das acções da instituição bancária, e o restante 0,80% pertence aos herdeiros do finado político Dumilde das Chagas Simões Rangel, antigo ministro do comércio externo e governador de Benguela.
