Para além da gestão do maior aeroporto do País, inaugurado a 10 de Novembro do ano passado, a empresa de domínio público ATO & OC tem, antes, a missão de cuidar dos processos de activação e transferência operacional das actividades do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro para o Dr. António Agostinho Neto, para, posteriormente, colocar em funcionamento do mesmo.

Durante a sua gestão, a nova firma criada pelo Presidente da República deve respeitar as boas práticas internacionais a nível de facilities management, geração de receitas, sustentabilidade económica, garantir o equilíbrio entre os custos, receitas, competitividade de preços e assessorar a criação de Zonas Francas em Hubs aeroportuários, assim como prestar serviços de consultoria e assistência operacional e rentabilizar os activos mobiliários (Real Estate) e infra-estruturas aeroportuárias.

Esta decisão surge numa altura em que ainda se aguarda os resultados do concurso público lançado pelo Ministério dos Transportes para a concessão do direito de exploração, gestão e manutenção do aeroporto, sendo que, até ao momento, quatro empresas internacionais tinham adquirido o caderno de encargos.

Entretanto, à última hora, uma empresa chinesa manifestou interesse de entrar na corrida, o que levou o Governo a “repensar” e alargar o timing da apresentação das candidaturas.

O Aeroporto Internacional de Luanda Dr. António Agostinho Neto ocupa uma área de 1.324 hectares, tem capacidade para 15 milhões de passageiros/ano e um volume de mercadorias de 50 mil toneladas por ano.

A infra-estrutura possui, também, duas pistas duplas e está dimensionado para receber aeronaves do tipo B747 e A380 – actualmente o maior avião comercial, além de contemplar a construção de raiz de uma cidade aeroportuária que cobrirá uma área de construção de 75 quilómetros quadrados.