Finanças & Wall Street

Oxford Economics prevê crescimento do PIB angolano em 2.2% e contraria o FMI

07-05-2024 5:41

José Praia

Jornalista

07-05-2024 5:41

José Praia

Jornalista

A consultora britânica Oxford Economics prevê um crescimento da economia angolana na ordem dos 2.2%, empurrado pelo aumento da produção de petróleo, maiores receitas petrolíferas, melhores condições para investimentos na refinação petrolífera e exploração mineira e em infraestruturas de energias renováveis

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) angolano, diagnosticada pela britânica Oxford Economics, está abaixo do projectado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que estima um crescimento na ordem de 2,6%.

A Oxford Economics, que compila dados do FMI e do Banco Mundial, fundamenta que o crescimento do PIB este ano avançará devido “à produção petrolífera que também vai beneficiar da adição de alguns novos poços no final deste ano e da saída de Angola da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)”.

Segundo reportes da consultora britânica, a saída de Luanda da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, abreviadamente OPEP, tem sido uma boleia vantajosa para manter a meta de 1.180 mil barris por dia, cifra prevista para 2024 pelo Governo do Presidente João Lourenço, representando um diferencial de 70 mil barris diários face à quota de produção máxima de 1.110 milhares de barris diários que a OPEP impunha para os membros.

Apesar das notícias positivas do lado do sector petrolífero, o contínuo disparo da inflação representa um dos principais riscos para o crescimento económico, apontaram os especialistas da Oxford Economics.

BNA entre a expectativa e a hesitação

Manuel Tiago Dias, governador do Banco Nacional de Angola (BNA), mostrou-se expectante que a inflação ao consumidor venha situar-se em 19% até ao final do ano, abaixo dos 20% em 2023 e dos 26,09% em Março.

O número um da instituição responsável pela garantia da estabilidade de preços, pelo asseguramento da preservação do valor da moeda nacional, assim como a estabilidade do sistema financeiro, expressou o seu posicionamento durante as reuniões de Primavera das Instituições de Bretton Woods, que decorreu de 15 a 21 de Abril, em Washington D.C, Estados Unidos da América.

Embora expectante, Tiago Dias mostrou alguma hesitação, argumentando que essas previsões poderiam ser ajustadas, “especialmente se houver alterações nos subsídios aos combustíveis, o que poderia resultar em uma inflação mais alta do que a actualmente prevista”.

O certo é que houve alterações nos subsídios aos combustíveis, quando às 00h:00 do dia 23 de Abril, Angola viu o preço do gasóleo sair de 135kz para os actuais 200kz, uma subida a flecha de 48%, sendo certo que a inflação venha novamente a “reinar” atendendo aos custos de factores. Os economistas consideram a inflação como um cancro maligno à saúde económica (crescimento do PIB ou da economia).

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