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Portugal em “banho-maria”

Rafael Baptista

20 Março, 2024 - 16:38

Rafael Baptista

20 Março, 2024 - 16:38

Aliança Democrática vence eleições, mas mantém o tabu relativamente ao Chega. Após 8 anos de governação e muito longe dos resultados obtidos nas eleições anteriores, os socialistas são os grandes derrotados da noite eleitoral

Para tristeza daqueles que ansiavam uma nova geringonça ou o fortalecimento da esquerda, o ponteiro virou no sentido oposto, marcando o fim de um ciclo político e o despertar de uma nova alvorada.

Longe da maioria absoluta, a Aliança Democrática levou o troféu de partido mais votado (29,50%) destronando assim o Partido Socialista, que já disse que não vai suportar um Governo da direita.

Este volte face abre caminho a um governo minoritário tumultuoso ou a uma solução que terá, invariavelmente, de contar com o Chega para formar governo. Face a uma derrota avassaladora, o Partido Socialista procurou colar o mote da instabilidade ao seu adversário.

Quanto aos restantes partidos, tudo indica que terão um papel crucial na reconfiguração do xadrez político, obrigando os dois maiores — e em particular o vencedor — a reavaliar as suas estratégias e alianças para evitar mergulhar Portugal numa nova crise política.

A um mês de celebrar o 25 de Abril, marco da liberdade e da democracia, e a pouco menos de dois meses de assinalar o golpe de Estado que deu início ao período do Estado Novo, Portugal encontra-se refém do compromisso- uma das palavras-chave destas eleições — da AD em não integrar a direita radical num eventual governo.

Nesta autêntica luta de galos, a questão que se coloca é se os dois partidos dominantes estão dispostos a abdicar…

Leia o artigo na íntegra na edição 05 da revista O Telegrama, de sexta-feira, 22 de Março de 2024, em papel. 

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