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João Lourenço garante ter renegociado termos da dívida com credores chineses

15-03-2024 10:41

Antunes Zongo

Editor-Chefe

15-03-2024 10:41

Antunes Zongo

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Presidente da República, que inicia hoje uma visita oficial de três dias à China, não especificou se a renegociação do modelo do pagamento da dívida implica o alargamento dos prazos, nem se será o fim do pagamento em Commodities, assegurou apenas haver ‘luz verde’ para alteração do modelo

O Presidente João Lourenço garantiu nesta manhã ter conseguido renegociar os termos da dívida com os credores chineses, após um encontro com Li Qiang, o primeiro-ministro do governo de Xi Jinping.

“Foram desbloqueados, em grande medida, os constrangimentos apresentados por Angola relativamente aos compromissos com bancos e instituições credoras chinesas”, disse o Presidente João Lourenço, segundo um excerto publicado na página oficial do Facebook da presidência. E acrescentou: foram encontradas “medidas de alívio que prejudicam os interesses de nenhuma das partes”.

Lourenço não especificou se a renegociação implica o alargamento dos prazos para o pagamento da dívida, nem se será o fim total do reembolso em Commodities, em que o passivo do País é liquidado com carregamento de petróleo a Pequim.

De referir que, no seu Plano de Endividamento de Médio Prazo 2024-2026, o Governo prevê abdicar de financiamentos que tenham como colateral as commodities, e justifica a opção com a “experiência dos últimos anos”.

“É imperioso que o Estado não engaje financiamentos com a colateralização em commodities, de modo a permitir um funcionamento mais livre e concorrencial de toda a indústria extractiva”, lê-se no documento que detalha as modalidades de pagamento das dívidas contraídas por Luanda.

Além dessa perspectiva, o Executivo angolano também ambiciona passar a contrair financiamentos externos com prazo de reembolso mínimo de entre 15 e 20 anos, e com um período de carência de 60 meses.

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