O Presidente João Lourenço garantiu nesta manhã ter conseguido renegociar os termos da dívida com os credores chineses, após um encontro com Li Qiang, o primeiro-ministro do governo de Xi Jinping.
“Foram desbloqueados, em grande medida, os constrangimentos apresentados por Angola relativamente aos compromissos com bancos e instituições credoras chinesas”, disse o Presidente João Lourenço, segundo um excerto publicado na página oficial do Facebook da presidência. E acrescentou: foram encontradas “medidas de alívio que prejudicam os interesses de nenhuma das partes”.
Lourenço não especificou se a renegociação implica o alargamento dos prazos para o pagamento da dívida, nem se será o fim total do reembolso em Commodities, em que o passivo do País é liquidado com carregamento de petróleo a Pequim.
De referir que, no seu Plano de Endividamento de Médio Prazo 2024-2026, o Governo prevê abdicar de financiamentos que tenham como colateral as commodities, e justifica a opção com a “experiência dos últimos anos”.
“É imperioso que o Estado não engaje financiamentos com a colateralização em commodities, de modo a permitir um funcionamento mais livre e concorrencial de toda a indústria extractiva”, lê-se no documento que detalha as modalidades de pagamento das dívidas contraídas por Luanda.
Além dessa perspectiva, o Executivo angolano também ambiciona passar a contrair financiamentos externos com prazo de reembolso mínimo de entre 15 e 20 anos, e com um período de carência de 60 meses.