Finanças & Wall Street

Lucro do Access Bank Angola cresce 379% para US$ 7,4 milhões

Adnardo Barros

10-02-2025 3:08

Adnardo Barros

10-02-2025 3:08

Resultado consolidado do banco de matriz nigeriana liderado por Ricardo Ferreira, que sucedeu a Rui Martins Pereira em Agosto de 2024, obteve um crescimento exponencial nos lucros e um incremento de 12% no activo

No exercício económico do ano transacto, o banco de capital maioritariamente nigeriano, Access Bank Angola, apurou um resultado líquido de AOA 6,8 mil milhões, correspondente a 7,4 milhões de dólares norte-americanos, à taxa de câmbio praticado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), no último dia de Dezembro.

Os números reportados pela equipa de Ricardo Ferreira, ainda não analisados pelo auditor independente, apontam para um crescimento de 379% ante aos 1,4 mil milhões (US$ 1,7 milhões) obtidos em 2023.

Outro resultado positivo foi a rubrica do activo, que, de acordo com o balancete do IV trimestre, registou um crescimento na ordem dos 12% para AOA 174 mil milhões (US$ 191 milhões), impactado pelos investimentos em activos financeiros e um aumento nos depósitos.

Os investimentos em títulos e valores mobiliários saíram de AOA 28,2 mil milhões (US$ 34,1 milhões) para AOA 34,3 mil milhões (US$ 37,6 milhões), uma alta de 22% face ao período homólogo. De 1 de Janeiro a 31 de Dezembro, as aplicações em bancos centrais e OIC tiveram uma melhoria significativa, fixando-se em AOA 37 mil milhões (US$ 41 milhões), representando uma alta de 264%, se compararmos com o montante acumulado em 2023: AOA 10 mil milhões (US$ 12,6 milhões).

Os depósitos aumentaram em 5,6 mil milhões (US$ 6,1 milhões) para AOA 119 mil milhões, ligeiramente acima do relato financeiro transacto que se fixara em AOA 114 mil milhões (US$ 137,6 milhões).

Foi ainda registado uma ligeira subida na rubrica sobre o crédito, saindo de AOA 22,8 mil milhões (US$ 27,6 milhões) para AOA 23,2 mil milhões (US$ 25,5 milhões).

Os fundos próprios, que configuram o financiamento dos accionistas postos à disposição da entidade financeira, tiveram um crescimento de 13% para AOA 41 mil milhões (US$ 45 milhões), comparativamente aos 36 mil milhões de kwanzas (US$ 44,3 milhões) de 2023, um dado revelador da evolução do banco que mudou de nome e o seu rebranding após os portugueses e angolanos terem vendidos aos nigerianos em 2023.

Entretanto, apesar de ter tido um bom desempenho em termos globais, a equipa de Ricardo Ferreira viu tombar a liquidez em 36%, saindo de AOA 62 mil milhões (US$ 74 milhões) para AOA 40 mil milhões (US$ 43 milhões) e o património líquido a fixar em AOA 48 mil milhões (US$ 52,9 milhões), quando, no igual período, o relatório contábil calculou AOA 36 mil milhões (US$ 43 milhões).

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Adnardo Barros

EDITOR DE FINANÇAS & WALL STREET

Adnardo José Barros é Editor de Finanças & Wall Street no O Telegrama. Começou a carreira de jornalista económico em 2021 no Jornal Mercado e, mais tarde, pela Forbes África Lusófona. Licenciado em Economia pela Universidade Católica de Angola (UCAN), foi técnico de contas no Banco BAI Microfinanças (BMF) e possui ainda formações em auditoria, contabilidade e fiscalidade.

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