A convocatória publicada no Jornal de Angola, assinada pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral, José Pedro Polares Cobra Ferreira, salienta ainda que os accionistas e/ou seus representantes vão “deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados”, além de “proceder a apreciação da administração e fiscalização da sociedade”.
Esta Assembleia-Geral de accionistas foi anunciada na passada terça-feira, 06, e ocorre numa altura em que várias entidades hoteleiras do país movimentam-se para se registarem no website do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), visando participar do concurso público sob leilão para alienação de 39 hotéis das redes IU, IKA e BINA.
No edital da convocatória, o Hotel Trópico informa que “poderão participar na assembleia-geral os accionistas que tiverem direito a voto, ou seja, aqueles que, até dez dias de calendário antes da data marcada para a reunião da assembleia, disponha de, pelo menos, cem acções averbadas ou registadas no seu nome, nos livros da sociedade, depositadas na sede social ou, ainda, em instituições de crédito”.
Neste último caso, refere o edital, o depósito deve ser “certificado mediante carta da instituição [em causa] que identifique as acções e o seu possuidor e que seja recebida na sociedade dentro do prazo” já referido.
“A cada grupo de cem acções, nas condições supra referidas corresponde um voto. Os formalismos e demais requisitos para agrupamento ou representação dos accionistas são estabelecidos na Lei e no artigo 9.º dos estatutos”, lê-se no documento assinado por José Cobra Ferreira, que exerce igualmente a função de Secretário e Contacto para Relações com o Mercado da construtora portuguesa Teixeira Duarte, SA.
A unidade hoteleira foi fundada a 20 de Janeiro de 1969, com capital social de 600 milhões de Kwanzas, tendo, em 2019, os accionistas decidido em reduzir o capital social da empresa para metade do valor, de 600 milhões para 300 milhões de Kwanzas, cuja finalidade foi a de proceder à cobertura dos prejuízos acumulados e modificar, em consequência, o respectivo pacto social.